A transformação digital entrou de vez para o universo das micro e pequenas empresas (MPEs) brasileiras com a pandemia da Covid-19. O movimento de digitalização, que foi acelerado no último ano, é visto como uma nova perspectiva e mudança de cultura, possibilitando um jeito novo de utilizar recursos tecnológicos pelas empresas. Entretanto, segundo especialistas, no Brasil, há ainda “uma escassez bastante emblemática de recursos tecnológicos entre as micro e pequenas empresas”, destacou Cláudio Luís Carvalho Larieira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Cláudio foi o mediador do webinar “Transformação Digital: como aproveitar as oportunidades em pequenas e médias empresas?” que contou com a presença de Adryelle Pedrosa, gerente da Unidade de Transformação Digital da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Leandro Guissoni, da FGV; e Ricardo Sergio Martins, do SEBRAE.
“A transformação digital não diz respeito somente à tecnologia, mas, principalmente, a um processo de gerar valor independentemente do contexto em que você está inserido”, afirmou Adryelle Pedrosa, da ABDI. Ela explicou que, ao longo da história, a humanidade enfrentou ciclos de revolução como o agrícola e a industrial, “que alteraram o domínio em larga escala. E hoje passamos pelo novo ciclo que chamamos de transformação digital, muito ligado ao domínio de ferramentas de rede”, explicou.
Segundo Adryelle, a transformação digital não é um bicho de sete cabeças, “a gente já foi confrontada antes e estamos sempre frente ao paradoxo entre o velho e novo”, disse. Para Ricardo Sérgio do SEBRAE, é preciso encarar a transformação digital como “um celeiro de oportunidades”, e, no caso das MPEs, pode ser uma “tremenda forma de transformação não só de tecnologia, mas processos”, destacou. Leandro Guissoni, da FGV, completou: “à medida que você acerta, vai mudando a cultura do negócio, passando a ter a cultura digital e aprendendo”.
A ABDI trabalha em prol de gerar incentivos e estimular a transformação digital “porque a gente acredita que esse processo pode alavancar a produtividade do Brasil, e também gerar retorno para as empresas, seja de lucratividade, aumento de base de clientes ou, até mesmo, de produtividade e competitividade” disse Adryelle.
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