Em agenda no estado, a diretora de Sustentabilidade da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, reuniu-se nesta segunda-feira, 8, com o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, para tratar de pautas relacionadas ao setor industrial.

Entre as pautas tratadas durante a reunião, está o projeto da ABDI de mapeamento da bioindústria na Amazônia, com previsão de lançamento no Acre, e a apresentação do Programa Brasil Mais Produtivo, que deve acontecer em breve.

Além disso, Perpétua e Adriano discutiram uma possível parceria para reforçar a ampliação do acesso ao BIM – metodologia que reúne um conjunto de tecnologias, processos que impactam diretamente na transformação digital das empresas do setor da construção civil. A criação de uma obra em BIM possibilita, entre outros, o acesso a um conjunto de informações inteligentes capaz de simular os detalhes estruturais do empreendimento, da elaboração à execução, antes mesmo do início dos trabalhos.

“Existe um prazo, previsto em decreto, que exige a implementação de BIM no país. O Brasil está atrasado e o Acre, mais ainda. Além da nova Lei de Licitações, que prevê o uso preferencial de BIM nas licitações para contratação de obras públicas a partir desse ano. Por isso é muito importante avançarmos nessa questão”, disse Perpétua.

O Decreto 11.888, de 22 de janeiro deste ano, retoma a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM no Brasil e potencializa a utilização do BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal. Vale ressaltar que a Estratégia Nacional de Implementação de BIM foi lançada em 2018, com o Decreto nº 9.377, que estabeleceu objetivos e diretrizes para a implantação gradual de BIM no país em um período de dez anos. O uso da metodologia de modelagem da construção em obras públicas é igualmente incentivado na Nova Indústria Brasil (NIB).

O presidente Adriano agradeceu a possibilidade de parcerias e destacou a importância do BIM tanto para a administração pública como para a comunidade acadêmica.

“Já trouxemos algumas capacitações do BIM por aqui. A plataforma é importante pra gente, não só para as instituições, mas também para a comunidade acadêmica. Os novos engenheiros, novos técnicos, precisam estarem familiarizados com a plataforma”, acrescentou José Adriano.

O presidente da Fieac também reforçou a importância do Brasil Mais Produtivo que, segundo ele, “trará mais produtividade às empresas acreanas”.

Foto: Juan Diaz