ABDI e IPAM realizam imersão para impulsionar a bioindústria na Amazônia 

ABDI e IPAM realizam imersão para impulsionar a bioindústria na Amazônia 

Agência sedia até amanhã encontro que visa alinhar estratégias de desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal

Nesta terça-feira, 26/11, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) foi palco de uma imersão estratégica que reúne, até 27/11, pesquisadores e equipes técnicas dos estados da Amazônia Legal para a construção de diagnósticos e propostas de políticas públicas de estímulo à bioindústria. 

Promovido em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), o encontro tem como objetivo fortalecer a bioindústria nos oito estados que compõem a Amazônia Legal – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão – por meio de práticas sustentáveis que aliem desenvolvimento econômico, conservação ambiental e inclusão social. 

A iniciativa faz parte de um projeto mais amplo voltado para a estruturação da bioeconomia da região, setor considerado chave para a preservação da floresta e para a valorização de suas populações tradicionais. A imersão representa um marco no cronograma do projeto, reunindo presencialmente os participantes, que até então atuavam remotamente, para promover um ambiente de colaboração e troca de experiências. 

Diretoras destacam desafios e oportunidades 

Durante a abertura do evento, Perpétua Almeida, diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, enfatizou o papel estratégico da bioindústria na preservação da floresta e no fortalecimento das comunidades locais. Segundo ela, o Brasil precisa de um mapeamento abrangente e atualizado sobre as bioindústrias existentes, suas matérias-primas e potencialidades. “Nosso objetivo é construir um portfólio dinâmico e sustentável, que não apenas sirva como diagnóstico, mas também como base para políticas públicas e atração de investimentos. Queremos mostrar ao mundo como a floresta em pé pode gerar riqueza e dignidade para as populações locais,” destacou Perpétua. 

Gabriela Savian, diretora adjunta do IPAM, reforçou a importância de desenvolver políticas públicas consistentes para a bioindústria. “É essencial que a bioindústria esteja incluída nas estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável. Somente assim conseguiremos garantir que essas iniciativas tenham continuidade e impacto positivo ao longo do tempo,” afirmou. 

Resultados esperados e contribuição para a COP30 

A reunião também representa uma etapa importante na preparação do Brasil para a COP30, que será realizada na capital paraense em novembro de 2025. “Queremos apresentar ao mundo um retrato detalhado da bioindústria amazônica, demonstrando sua capacidade de promover sustentabilidade e inovação,” acrescentou Perpétua Almeida. 

A gerente de Cooperação e Inteligência Competitiva da ABDI, Cynthia Araújo Mattos, ressaltou o avanço das pesquisas realizadas até agora. “Já temos uma base de dados significativa sobre novos modelos de negócios e continuaremos trabalhando em 2025 para consolidar resultados que beneficiarão as comunidades locais e o meio ambiente,” disse. 

O evento reúne pesquisadores de diversos estados da Amazônia Legal e reforça a importância da integração entre as equipes para a construção de estratégias robustas e adaptadas às realidades locais. 

Avanços para o futuro da bioindústria 

O encontro sinaliza um compromisso com a promoção de um desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável na Amazônia. A ABDI e o IPAM planejam continuar estruturando políticas e projetos que integrem ciência, tecnologia e as demandas das populações amazônicas. 

Os resultados desta imersão, que incluem diagnósticos detalhados e propostas de políticas públicas, serão apresentados como parte da contribuição brasileira à COP30, reforçando a relevância da bioindústria como eixo estratégico para a sustentabilidade global.