Representando a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a diretora de Economia Sustentável e Industrialização, Perpétua Almeida, reuniu-se, na última semana, com produtores de café acreanos para potencializar o desenvolvimento da cafeicultura e com cooperativas do estado. Segundo a diretora, fortalecer a bioindústria é uma forma de preservar a Amazônia e de garantir renda para os amazônidas.
Na quinta-feira, 30, a diretora viajou até o município de Plácido de Castro, distante 99,8 quilômetros da capital acreana, onde se reuniu com mais de 20 cafeicultores da região. Perpétua ouviu sobre as dificuldades, necessidades e principais gargalos da cadeia produtiva na região.
Com a construção do Complexo Industrial do Café, projeto fruto de uma parceria entre a Agência e a Cooperativa de Produtores de Café dos municípios do Vale do Juruá (Coopercafé), diversos produtores do estado se interessaram pela iniciativa e pediram para conhecer o projeto.
“Está se espalhando no Acre o trabalho que a ABDI está fazendo junto a Coopercafé. Vários cafeicultores querem que façamos a mesma coisa em outros municípios, mas nossa agência é pequena para financiar tantos projetos. Mesmo assim, assumi um compromisso de receber o projeto deles. Estamos indo em vários municípios do Acre que possuem plantações de café, e a ideia é criarmos um grande projeto de apoio à produção de café no Acre, juntar esse projeto com as outras demandas da bioindústria na região para organizar essas cadeias produtivas e levar aos ministérios, bancos e fundos de financiamentos”, explicou.
Ontem, 31, a diretora participou da assembleia geral de líderes de cooperativas de produtores da Cooperacre – a maior produtora de castanha beneficiada do Brasil e uma das maiores cooperativas da Amazônia. A Agência e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) realizam uma parceria com a cooperativa. Mais de R$ 3,8 milhões foram destinados para a compra de kits de irrigação para os produtores incrementarem o plantio de frutas.
“Vim em nome da ABDI ajudar a encontrar saídas para os gargalos de diversas cadeias produtivas que eles atuam, para que possam abastecer as miniusinas e bioindústrias que eles têm. Eles também nos pediram ajuda para alcançar recursos, como o do Fundo Clima e do Fundo Amazônia, e nós vamos buscar todas as saídas possíveis para ajudá-los, porque quando mantemos as famílias na floresta dando a elas condições de plantar, estamos garantindo o cuidado com a floresta e evitando o desmatamento”, completou a diretora.
Fotos: Bruna Mello
