Nesta segunda-feira, 30, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a SPI Integração de Sistemas (SPI) apresentaram aos empresários gaúchos a nova fase do programa MetaIndústria, no Instituto Senai de Inovação, em São Leopoldo (RS). Dedicado a impulsionar a produtividade e a competitividade dos negócios, o programa passará a atender pequenas e médias indústrias no processo de implementação de tecnologias e modelos de negócios da Indústria 4.0.
Os empresários gaúchos tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura do MetaIndústria, que promove a difusão de novas tecnologias, inclusive as inovadoras tecnologias 4.0, que combinam diferentes mecanismos como inteligência artificial, cloud computing, robótica.
As novidades do programa foram apresentadas para um público especial: os empresários industriais de pequeno porte que estão sendo atendidos por iniciativa da ABDI, em parceria com o Senai e Fiergs, no âmbito do programa Recupera Indústria RS. Em julho passado, as instituições firmaram convênio para apoiar o setor industrial riograndense – a Agência repassou 9,4 milhões a fundo perdido para recuperação de pequenas e médias empresas atingidas pelas enchentes, beneficiando até 200 empresas.
“O MetaIndústria é um programa que pode ajudar essas empresas no processo de transição tecnológica. Entender de que forma as tecnologias, como IoT, robótica e inteligência artificial, podem ajudar a melhorar os seus processos e ganhar efetividade e competitividade. Nosso objetivo aqui foi mostrar para essas empresas como que o MetaIndústria funciona e, principalmente, convidá-las a entrar no programa”, ressaltou a gerente da Unidade de Difusão de Tecnologias da ABDI e líder do MetaIndústria, Isabela Gaya.
Organizado pela ABDI, em parceria com a SPI Integração de Sistemas (SPI), o MetaIndústria ajuda o empreendedor brasileiro a incluir novas tecnologias no processo produtivo. E isso é feito por meio de trilhas de capacitação realizadas nos laboratórios de tecnologia do programa – localizados em São Leopoldo (RS) e em São Caetano do Sul (SP). Lançado em 2023, o programa passará a atender pequenos e médios negócios industriais, além das iniciativas voltadas para as grandes empresas.
“O objetivo é focar nos impactos que a tecnologia pode ter no núcleo dos negócios das pequenas e médias empresas. É muito importante entender que a gente não está discutindo tecnologia. A gente está discutindo uma evolução estratégica da forma de gerir o negócio, suportado por dados e por tecnologias”, destacou o analista de Produtividade e Inovação da ABDI Valdênio Araújo.
“É um prazer falar hoje sobre o MetaIndústria e como esse projeto pode ajudar as indústrias do Rio Grande do Sul a se reerguer nesse momento de recuperação do Estado. O MetaIndústria vai mostrar como se dá o processo de inovação a partir da experiência que os gestores terão no laboratório. Vamos exemplificar como as tecnologias inovadoras operam e como elas podem melhorar os indicadores de cada uma das indústrias, sejam elas que passaram ou não pela crise das enchentes”, falou o diretor da SPI, Tadeu Vianna.
Carlos Artur Trein, diretor regional do Senai- RS, comentou a relevância da divulgação do MetaIndústria para recuperação das indústrias do Estado. “Para nós é uma satisfação receber a ABDI nesse evento de divulgação desse projeto tão importante para a indústria do Estado, um Estado recentemente convalido pelas enchentes. É extremamente relevante dentro desse cenário, para aumentar a competitividade e a projeção da nossa pequena, média, grande empresa, para que ela recupere da melhor forma possível as melhores condições de produtividade.”
O ecossistema inovador em que o MetaIndústria está inserido inclui empresas do setor de tecnologia, especialistas em gestão de negócios e a academia. “Nosso papel, como universidade, é justamente disseminar o conhecimento que as empresas precisam para avançar na jornada de transformação digital. No programa, temos parceiros que oferecem soluções tecnológicas, temos os laboratórios que ajudam em diferentes experimentações e conduzimos diversas pesquisas com o meio industrial aqui, no Brasil, e também mundo afora”, acrescentou o professor Alejandro Frank, diretor do Núcleo de Engenharia Organizacional da UFRGS.