A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) participou do 2º Encontro Nacional de Tecnologias Quânticas para a Defesa, realizado nesta quinta-feira, 28, no Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE), em Brasília. O evento, realizado pelo Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), encerra na sexta-feira, 29. O objetivo do encontro é discutir as principais inovações e desafios das tecnologias quânticas aplicadas na área de Defesa.
A diretora de Economia Sustentável e Industrialização, Perpétua Almeida, representou a Agência no evento. Ela participou do painel Estratégia Brasileira Quântica: como fortalecer a Defesa e a Segurança Cibernética Nacional. Também participaram do debate o coordenador-geral de Tecnologias Habilitadoras do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Felipe Bellucci, o gestor da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Fernando Gebara Filho, e a chefe da Divisão de Defesa e Segurança Cibernética do Ministério de Relações Exteriores, Larissa Schneider. O debate foi moderado pela representante do Ministério da Defesa, Fernanda Corrêa.
Os painelistas debateram sobre o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias quânticas no Brasil, com foco na contribuição para o setor.
Nesse sentido, a diretora ressaltou a importância do desenvolvimento de tecnologias sensíveis, incluindo a quântica, para a soberania nacional.
“Precisamos avançar agora no desenvolvimento dessa tecnologia, dada não só a dualidade para a Defesa e para as outras áreas, mas dada a importância dela para a segurança das comunicações e da soberania no país. É preciso sensibilizar todas as áreas do governo e todos os investimentos possíveis, todos os nossos financiadores para a importância dessa agenda”, disse.
Perpétua destacou ainda a Missão 6 da Nova Indústria Brasil (NIB), que trata de tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais.
“É uma missão com foco muito claro na indústria de Defesa, em tecnologias sensíveis, no domínio e na não dependência de tecnologias específicas. Um país do tamanho do Brasil precisa ter Forças Armadas e indústria fortes”.
A diretora também falou das frentes de trabalho da ABDI na área de Defesa e citou alguns projetos já em andamento como a produção de dados atualizados sobre a Base Industrial de Defesa (BID), estruturação de um modelo de exportações de Defesa na modalidade Governo a Governo (gov to gov) e a criação de um banco offset ofertante brasileiro.