A analista de Produtividade e Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) Lanna Dioum participou nesta quarta-feira, 10, do evento “Inovação à la carte: compartilhando as soluções que mandamos encomendar!”, realizado pela GNPapo. A iniciativa é fruto da parceria entre a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Impact Hub e G’Nova.
O encontro foi realizado com o objetivo de discutir estratégias para impulsionar processos de inovação no setor público brasileiro, a partir da interação com todos os entes interessados. Em sua fala de abertura, Lanna ressaltou a importância de compreender a existência de um problema real a ser sanado. “A inovação depende necessariamente da existência de um problema e de encontrar um caminho real e possível para solucioná-lo. Se não resolver o problema, não é inovação”, enfatizou.
A analista da ABDI também destacou a necessidade de esclarecer o conceito de inovação antes de colocá-la em prática. “Quando falamos de inovação, estamos falando de pessoas que vão levar um processo de transformação do começo ao fim. E nessa jornada, é fundamental o contato e o compartilhamento com outras instituições que já adquiriram expertise em determinado tema, ou mesmo com aquelas interessadas no intercâmbio de conhecimento”, comentou.
O procurador do Estado de São Paulo Rafael Fassio, outro palestrante do evento, concordou com Lanna sobre a relevância da formação de um ambiente de colaboração. “Quando falamos de inovação, falamos em cooperação. Inovação é resolver um problema e, às vezes, o problema que um órgão tem não é só dele, é de outro também. Então vamos discutir em conjunto como podemos encontrar uma solução”, completou.
Sobre compras públicas de inovação, Fassio pontuou iniciativas como a plataforma CPIN, da ABDI em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e disse que é preciso aproveitar esse marketplace que está sendo criado. “Vamos discutir casos concretos para trocarmos informações. Como foram feitos os projetos? Quais foram os resultados encontrados?”, apontou.
“Compras públicas para inovação no setor público são essenciais”, explicou Lanna. “A solução precisa estar seguramente validada, porque não adianta ficar apaixonado por uma solução que não resolve um problema. Será somente uma solução, mas sem inovação porque não terá funcionalidade”, acrescentou.
O uso da metodologia Design Thinking para identificar o problema, o público e o “remédio” adequado, foi proposta por outra palestrante do evento, Carla Costa, representante da Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. “Ela é ideal para entender com quem você precisa conversar. O uso desse tipo de ferramenta aumenta a probabilidade de atender as necessidades do público-alvo e de validar se as perspectivas estão de acordo com os fatores que foram pré-definidos como ponto de partida”, afirmou.