As linhas de produção não podem parar. Imagine o prejuízo para uma indústria que fabrica um carro a cada minuto interromper este processo para testar uma inovação? A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) participou, nesta terça-feira (23/2), de uma reunião promovida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) entre alunos e empresas que já usam a tecnologia dos testbeds na sua linha de produção.
Durante o encontro, o Analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Valdênio Araújo, ressaltou que ABDI tem o compromisso de representar e materializar o esforço do governo diante da comunidade científica do Brasil e está de portas abertas para as universidades. “O papel da Agência é trazer o olhar do futuro enquanto setor estratégico para o Brasil, que é a indústria de transformação para nossa economia, e ter ganhos sociais”, explicou.
Um estudo realizado pela ABDI em 2018 estimou que a redução dos custos com reparos de máquinas pode chegar a R$ 35 bilhões ao ano, os ganhos de eficiência produtiva correspondem a uma economia de R$ 31 bilhões, e os R$ 7 bi restantes são em diminuição no gasto com energia. A economia totalizaria R$73 bilhões.
Para o analista da Agência, é preciso continuar com a formação de mão de obra, papel das universidades, e com a absorção de novas tecnologias, o que seria função das empresas, “e a ABDI está aqui para ajudar”, afirmou. Também estiveram presentes na reunião representantes da Tetra Pak, Faber Castell, Embraer, DAF, Natura, AMBEV, Klabin-RN e Continental.
Fábricas do Futuro
O programa “Fábricas do Futuro”, da ABDI, conduz a instalação de 10 testbeds no país, com investimentos de R$ 300 mil por testbed. O projeto é instalado em colaboração com empresas, universidades, startups e institutos de inovação.
Na UTFPR, a plataforma tem como objetivo construir um testbed Educacional Digital (plataforma educacional digital em código aberto) para disseminar os conceitos da Indústria 4.0 na educação universitária e profissional, no intuito de romper as fronteiras do ensino e aproximar universidade, sociedade e indústria.