A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, participou nesta terça-feira, 18, da abertura da Conferência Nacional de Mudanças Climáticas. O evento, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima), acontece até o dia 20 de junho, no auditório do CNPq, em Brasília.
A abertura do evento foi realizada pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e pela secretária Nacional de Mudanças Climática, Ana Toni, que representou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva. Também participaram da cerimônia o coordenador-geral da Rede Clima, Moacyr Araújo, o presidente do CNPq, Ricardo Galvão, e o secretário interino da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos, Osvaldo Moraes.
Ao longo de três dias, especialistas brasileiros debaterão temas que envolvem os impactos do aquecimento global no Brasil, transição energética e biodiversidade, efeitos das mudanças climáticas na saúde, assim como a capacidade de previsão e resiliência das cidades diante de eventos extremos. A Conferência também abordará qual a contribuição da ciência brasileira para a COP 30, que será realizada em 2025, em Belém (PA).
Em sua fala, a ministra destacou a importância de políticas públicas e ações interministeriais propositivas para o enfrentamento às mudanças climáticas. “A mudança do clima não é para amanhã, ela está acontecendo. Ela vai acontecendo todos os dias e de maneira contundente. São as populações mais pobres e as nações em desenvolvimento que pagam o preço mais alto”, disse.
Já a secretária de Mudança do Clima falou da contribuição da Rede Clima e da conferência para a construção do Plano Clima: “a ciência é a base deste debate que temos agora por meio do Plano Clima”, afirmou.
A diretora da Agência enfatizou a importância de debater o tema, sobretudo para a indústria brasileira que está desenvolvendo estratégias de descarbonização, através de programas de transição energética, economia circular e a conservação florestal como, por exemplo, o Plano para a Transformação Ecológica.
“A mudança climática é considerada hoje uma das maiores ameaças para a estabilidade econômica, devido ao seu grave impacto no meio ambiente, na vida das pessoas e na economia dos países e das cidades, trazendo prejuízos muitas vezes incalculáveis, como estamos vendo agora no Rio Grande do Sul, que só no setor industrial pode passar de R$ 10 bilhões”, disse.
E acrescentou: “Esse assunto da mudança climática preocupa a nossa indústria e tem de nós, na ABDI, total atenção. Esse foi o principal motivo que nos fez criar a diretoria responsável por cuidar da sustentabilidade na indústria nacional”, finalizou.
Foto: Marcelo Gondim/CNPq