O diretor de Desenvolvimento Produtivo e Tecnológico da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Carlos Geraldo, recebeu, na manhã desta quinta-feira (4), uma comitiva técnica do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) do estado de Goiás. O IEL-GO participa do projeto Rota Digital da Moda Goiana, um dos dez selecionados no segundo edital do programa Digital.Br.
Os participantes tiveram uma reunião com o objetivo de ampliar as possibilidades de parceria entre o estado de Goiás e o Governo Federal, por meio das ferramentas oferecidas pela ABDI. O superintendente do IEL-GO, Humberto Oliveira, destacou a importância dessa iniciativa. “Eu não conhecia o dinamismo e a abrangência das propostas e entregas da ABDI. Estou positivamente surpreso com esta visita e vejo parcerias promissoras”.
Para Carlos Geraldo, uma das metas da ABDI é diminuir a desigualdade digital entre as pequenas e médias indústrias. Se a maioria das empresas tiver condições técnicas de digitalizar seus processos, o Brasil vai evoluir muito. O impacto de tudo que fazemos é limitado se a empresa não se prepara”, disse.
Ao apresentar os projetos de sua área, a gerente de Transformação Digital da ABDI, Adryelle Pedrosa, afirmou que é fundamental apresentar soluções e instrumentos que apoiem gestores e ajudem a reduzir os riscos de investimentos. “Nesse sentido, vamos lançar, por exemplo, indicadores geográficos para proteger as áreas produtoras. O consumidor tem que saber que um queijo canastra foi realmente produzido naquela região.”
Outro ponto da pauta foi o trabalho realizado entre ABDI e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a criação das frequências exclusivas de 5G para parques industriais e outros complexos. Com essa opção, é possível operar equipamentos e processos robotizados sem risco de ataques externos, assim como manter o sigilo industrial com mais velocidade.
De acordo com a gerente de Desenvolvimento Industrial do IEL-GO, Sandra Márcia Silva, “é preciso conectar o pensamento da ABDI com a indústria, a saúde, o agronegócio e as empresas de tecnologia de Goiás”. Considerado como a Casa da Gestão, o IEL-GO demonstrou grande interesse na aproximação e na instalação de laboratórios vivos como o Sandbox Regulatório e a criação do hábito de se utilizar o Contrato Público para Solução Inovadora (CPSI), por exemplo.
Sobre o assunto, o gerente de Novos Negócios da ABDI, Tiago Faierstein, explicou que, com o CPSI, o prefeito pode comprar a tecnologia para testar. “Queremos criar a cultura do teste, da experiência. Também é preciso oferecer condições para que essas áreas regulatórias atraiam as empresas. Temos um caso bem positivo em Foz do Iguaçu, que atraiu 30 empresas de tecnologia para uma sandbox”, afirmou, destacando que essas alternativas estão disponíveis a todos os municípios brasileiros, que, se desejarem, podem receber apoio da ABDI.
O presidente da ABDI, Igor Calvet, endossou a fala de Tiago, afirmando que “a mentalidade da ABDI é forte na prática e na oferta de soluções reais e aplicáveis.” Segundo ele, a Agência está sempre aberta para construir em conjunto, e, embora seja importante pensar em projetos mais vultosos, o importante é começar, testando. “A gente começa numa casa e, se der certo, aí a tecnologia pode ser expandida para o condomínio inteiro”, exemplificou.
Ao fim da reunião, Calvet aproveitou para apresentar o Espaço Data ABDI à comitiva, a sala de comando e inteligência que reúne painéis e dados fundamentais do parque industrial brasileiro para a subsidiar a tomada de decisão estratégica. Entre os dados disponíveis estão indicadores econômicos e de transformação digital, resultados de pesquisas e a situação do mercado de trabalho.
Também participaram da reunião, pela ABDI, o gerente de Difusão de Tecnologias, Bruno Jorge; e a gerente da Unidade de Gestão Estratégica, Roberta Nunes.