A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Sebrae e Instituto Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (ICNA) assinaram, nesta semana, Acordo de Parceria para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I). O Acordo prevê o desenvolvimento de uma plataforma de gestão, controle e rastreabilidade da produção de cafés reconhecidos como Indicações Geográficas (IGs) no país.

O sistema digital vai permitir ainda avaliar o desempenho e o cenário das IGs brasileiras de café, e deverá ser implantado em, pelo menos, 50% delas: seis entidades gestoras, 50 produtores e 20 torrefações.

Segundo o analista de Produtividade e Inovação da ABDI, Antonio Tafuri, atualmente não há um sistema integrado que permita o controle, rastreabilidade e comunicação das IGs registradas por parte dos pequenos negócios e entidades requerentes das IGs. “A implantação do sistema digital, além de prover as informações necessárias a eles, irá dar maior garantia aos consumidores e aos mercados em relação à qualidade baseada na origem desses produtos”, afirmou. 

Na primeira fase do projeto, foram entregues dois produtos. Um estudo comparativo (benchmarking) para identificar sistemas digitais de gestão utilizados por Indicações Geográficas – IG no Brasil e no exterior, e a análise da maturidade digital do setor, que ficou com índice médio de 28 pontos e indica maturidade emergente. Em 2023 e 2024 o projeto prevê o desenvolvimento do sistema, que irá contar com quatro módulos: controle, rastreabilidade, inteligência e comunicação.

A gestão financeira do projeto será realizada pelo ICNA. O valor total será de R$1.400.000,00:  R$ 500.000,00 do Sebrae, R$ 500.000,00 da ABDI e R$ 400 mil do ICNA. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Economia (ME) também são apoiadores.

O que prevê o Acordo

Desenvolver um sistema digital de gestão, controle e rastreabilidade a ser utilizado pelas entidades gestoras e pelos produtores das Indicações Geográficas (IGs) de café; implementar esse sistema em, pelo menos, 50% das IGs brasileiras de café, considerando as suas especificidades e respectivos níveis de maturidade digital; gerar relatórios de inteligência (BI) para garantir o controle e a rastreabilidade sobre a produção de cafés reconhecidos como IG e permitir avaliar o desempenho e o cenário das IGs brasileiras de café.