Uma política industrial contemporânea para o Brasil passa pela digitalização e pela sustentabilidade, e, também, pela inovação e aumento da produtividade. Na agenda da digitalização, é necessário favorecer a produção e difusão de tecnologias da indústria 4.0. Foi o que afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (4), durante a transmissão de cargo no Palácio do Planalto. “É preciso contemplar medidas que reduzam o déficit de produtividade e de digitalização das empresas brasileiras, induzindo-as a uma autêntica transformação digital”, completou.
De acordo com Alckmin, “a reindustrialização é essencial para que se possa ser retomado o desenvolvimento sustentável, e que essa retomada ocorra sob o único prisma possível que a legitima, o da justiça social”.
Para o ministro, a agenda da sustentabilidade é fundamental para o futuro da indústria do Brasil. “A política industrial brasileira precisa estar em sintonia com as necessidades da sociedade mundial. A sustentabilidade é ponto de partida de toda política industrial, a sócio biodiversidade será o ponto de partida da nova política industrial”.
Ele destacou frentes que serão exploradas no desenho de programas, por exemplo, o complexo industrial da saúde, energias renováveis, hidrogênio verde, mobilidade. “Esses desafios podem servir de missões organizadoras para uma estratégia de política de desenvolvimento industrial”. Sobre a agenda da produtividade, o ministro disse ser essencial a qualificação da mão de obra, dos recursos humanos para o novo mundo do trabalho.
Alckmin destacou também que o fortalecimento da indústria passa pela redução do custo Brasil e pela melhoria do ambiente de negócios, e que a reforma tributária, nesse contexto, é fundamental.
Na Medida Provisória Nº 1.154, de 1º de janeiro de 2023, que estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos Ministérios, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) ficou vinculada ao MDIC, que poderá celebrar contrato de gestão com o órgão.
A ABDI, criada em 2005, formula e executa ações que contribuem para o desenvolvimento do setor produtivo nacional. Atualmente, concentra suas atividades no apoio à transformação digital das empresas brasileiras, por meio do fomento à adoção e difusão de tecnologias 4.0. Para isso, firma parcerias com entes públicos e privados, como prefeituras, universidades e institutos de inovação.