A transformação digital contribui para o aumento da produtividade, a mudança de processos, a criação de novos modelos de negócios e de empregos. Mas nossas empresas já conseguem praticar a digitalização? Esse foi o tema do encontro virtual promovido pela Fundação Dom Cabral, na última terça-feira (25/05), que marcou o lançamento do segundo livro da série Economia Digital, fundamentada em uma coleção de eBooks que busca responder a 100 perguntas sobre o tema. O livro é composto por 31 artigos, que serão divulgados por autores selecionados em 4 sessões (25,26 e 27 de maio).
Para o presidente da ABDI, Igor Calvet, o Brasil tem plenas condições de realizar a transformação digital aumentando os investimentos em quatro pontos específicos. “A nossa base produtiva já está instalada. Precisamos agora investir em infraestrutura digital, regulamentação, capacitação profissional (reskillig e upskilling) e inovação”, afirmou.
De acordo com Cleber Morais, diretor geral da Amazon Web Services Brasil (AWS), o país ainda tem um longo caminho pela frente na transformação digital. "A gente ainda está no primeiro dia da tecnologia. As multinacionais podem contribuir enormemente na capacitação, na formação técnica, gerando os empreendedores do futuro", destacou. Ele assinou o artigo “Qual é o papel das empresas multinacionais no desenvolvimento da capacidade digital no Brasil?”
Igor Calvet disse que encontrar o profissional com capacitação plena para atuar no mercado ainda é um desafio. "Uma pesquisa da ABDI, com 2.015 jovens entre 18 e 24 anos, mostrou que apenas 20% achavam que a profissão do futuro tinha algo a ver com inovação e tecnologia. O governo precisa investir na capacitação de pessoas e no avanço das capacidades digitais das empresas", concluiu. Calvet escreveu o artigo intitulado “Temos condições de realizar a transformação digital a partir da base produtiva existente no país?”, que conta com a co-autoria da assessora especial da ABDI, Andrea Macera.
Já para Arnobio Morelix, Chief Data Scientist da Inc. Magazine, as startups são o principal motor da economia digital, pela geração de valor econômico, pela criação de postos de trabalho e pela inovação. "No Brasil e na Europa, 50% dos empregos líquidos são criados por jovens empresas. Nos Estados Unidos, esse número fica entre 80% e 100%." Arnobio, que escreveu o artigo “Qual é o papel das startups na economia digital?” destacou também que, apesar da pandemia, 2020 teve recorde de captação de recursos para startups.
O autor do artigo "Como será a medicina em 2040?", Cezar Taurion, vice-presidente de Inovação da CiaTécnica Consulting falou sobre saúde e disse que a medicina está à beira da disrupção. "Ao contrário do que dizem, tecnologia digital e inteligência artificial tornam a medicina mais humanizada", afirmou.
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