Representando a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a diretora de Economia Sustentável e Industrialização, Perpétua Almeida, cumpriu agendas nos municípios de Epitaciolândia e Brasileia, no Acre, no último sábado, 1° de junho. Nas visitas, a diretora pôde conhecer a cadeia produtiva da suinocultura e se reunir com lideranças de cooperativas do setor, que solicitou a apoio da Agência para aumentar a produtividade da indústria e estimular a exportação de suínos.
Em Epitaciolândia, a diretora visitou a Granja Bela Flor – Suinocultura Sustentável, onde o processo de criação de suínos utiliza iniciativas que reduzem danos ao meio ambiente e garantem a sustentabilidade da produção e da proteína entregue aos consumidores. Na granja, a energia é limpa, a água utilizada é da chuva, os dejetos dos animais são transformados em adubo, biofertilizantes e biogás.
“Temos olhado muito a questão da sustentabilidade do nosso negócio, porque o consumidor quer saber a origem e o rastreamento do que ele está consumindo”, disse o diretor da granja, Fernando Laje.
Perpétua destacou como a adoção de tecnologia pode tornar a produção mais sustentável, ajudando desde o pequeno produtor até a grande indústria e, sobretudo, preservar o meio ambiente.
“Nosso apoio às indústrias na Amazônia, especialmente, precisa ter o foco no apoio em toda a cadeia para a manutenção do homem na floresta e ao mesmo tempo o cuidado com a floresta”, afirmou a diretora”. “Quando a gente melhora a produção deles, traz tecnologias, evitamos o desmatamento. E esse exemplo da granja da Granja Bela Flor – Suinocultura Sustentável – onde nada se perde nem se descarta e tudo é reaproveitado, é um exemplo da adoção de tecnologias que preservam o meio ambiente”, completou.
Após conhecer a Granja, a diretora visitou a fábrica de rações para suínos, que abastece a Granja Bela Flor e outras granjas do Acre e do Brasil.
Apoio da ABDI
Em seguida, Perpétua seguiu para Brasilea, para a fábrica da Dom Porquito/Mister Pig, maior indústria exportadora do Acre e principal compradora das pequenas, médias e grandes granjas do estado.
No local, a diretora se reuniu com líderes de cooperativas de cadeias produtivas da suinocultura, grãos e aves. Eles expuseram gargalos, dificuldades e apresentaram demandas, que, segundo Perpétua, devem ser resolvidas em articulação com Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e Ministério das Relações Exteriores (MRE).
“A conversa aqui foi sobre a cadeia de insumos, desde a produção de ração à produção de mais leitões. Eles não estão usando nem metade da capacidade da indústria. Temos um grande mercado aqui ao lado, como a Bolívia, o Peru e demais países da América do Sul. Esses países têm encomendas feitas, querem comprar, mas por vários motivos, a indústria não está entregando, mesmo tendo capacidade de produzir. São gargalos que precisam ser superados em sua cadeia de insumos. Eles pedem a ajuda da ABDI, com tecnologia e articulação para superar esses gargalos, a burocracia na infraestrutura de exportação e até o acesso a recursos e bancos”, disse Perpétua.
