Projetos de cidades inteligentes testados em ambiente controlado e validado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. A ABDI apresentou no 3º Simpósio Internacional de Segurança Pública o programa Fronteira Tech, “um case real com uso em segurança pública embarcada, com inteligência artificial, e que permite testar e identificar quais tecnologias, o que elas fazem e como podem ser utilizadas em ambientes como a fronteira da Ponte da Amizade”, explicou o presidente da ABDI, Igor Calvet.
O Fronteira Tech, relatou Igor, é um programa de cidades inteligentes implantado pela ABDI na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), região com grande fluxo de pessoas e com alto índice de criminalidade – tráfico de armas, de drogas e de pessoas. “Lá, colocamos câmeras de alta definição, luminárias inteligentes, softwares de Inteligência Artificial (IA) e tivemos a oportunidade de testar essas tecnologias, validá-las, colher as informações e traduzir para o público”, disse. “Colocamos mais 70 olhos com câmeras de alta definição que podem detectar, por meio de Inteligência Artificial, pessoas, placas, movimentação suspeita”, exemplificou.
A ABDI tem como missão disponibilizar tecnologia para o setor produtivo brasileiro e para os gestores públicos. “A nossa economia será transformada por meio da tecnologia, e o nosso papel é colocar a tecnologia à disposição para o setor produtivo brasileiro, num primeiro momento, e também para as cidades brasileiras. Essa é a razão de estarmos aqui”, ressaltou.
Igor participou do painel Smart Cities, ao lado de Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), e de Leonardo Souza, gerente executivo da empresa Spectra. O prefeito falou sobre a implementação do programa de Cidades Inteligentes no município. “Investimos em tecnologia para garantir ao cidadão a qualidade de vida. Já reduzimos em 27% a incidência da criminalidade. Instalamos 650 câmeras em pontos estratégicos junto aos órgãos de segurança”, explicou o prefeito. Leonardo Souza, da Spectra, revelou que, com a pandemia, a procura por câmeras térmicas e de reconhecimento facial subiu 121,5% entre março e julho de 2020.
O evento contou ainda com a participação do embaixador de Israel, Yossi Shelley, que falou das tecnologias a serviço da segurança pública. “Tudo começa com segurança pública e é fundamental que o tema seja tratado de maneira global com o ecossistema de segurança. Todos os órgãos juntos”, concluiu o embaixador.