Com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), foi lançado na noite desta terça-feira (15), no Sesi Lab, o segundo ciclo do programa Exporta DF – Sabores da Capital. O evento reuniu representantes do setor produtivo, empresários e instituições parceiras para celebrar a nova fase do projeto, que promete colocar os sabores brasilienses no mapa global.
Com foco na internacionalização, a iniciativa vai selecionar 20 empresas de micro e pequeno porte dos setores de alimentos, bebidas e beneficiamento de grãos, do Distrito Federal, com preferência para negócios liderados por mulheres. As inscrições estão abertas e vão até 24 de abril.
Durante a cerimônia, representando o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, o chefe de gabinete Leandro Cerqueira ressaltou o potencial do Distrito Federal no setor agroindustrial. Segundo ele, o DF tem se consolidado como um polo inovador na produção de alimentos e bebidas. “O Distrito Federal tem uma riqueza muito grande de diversidade na produção de alimentos e na produção de bebidas. Hoje também tem se destacado pela força, pelo arrojo e pela inovação”, afirmou Cerqueira.
Cerqueira também reforçou que Brasília tem se mostrado um ambiente fértil para o desenvolvimento tecnológico e para a agricultura 4.0. “Já somos um ente altamente produtivo na área de grãos, na agricultura, na área da alimentação. Já temos produtos sendo exportados e atendendo um volume considerável de demanda”, pontuou.
O presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, reforçou o compromisso da entidade em criar oportunidades concretas para a indústria local. “Temos toda uma estrutura de orientação para facilitar esse caminho da exportação. Atuamos, de fato, como facilitadores, para quebrar o mito de que exportar é algo difícil. Esse projeto precisa mostrar, por meio dos depoimentos e dos parceiros envolvidos, que é possível, sim, transformar o Distrito Federal em uma referência, também voltada para a exportação”, afirmou.

Exporta DF
Com o objetivo de preparar os empreendimentos para atuar no mercado externo, o Exporta DF 2025 vai capacitar as empresas participantes no planejamento de suas exportações, na adaptação de produtos às demandas internacionais e no acesso a potenciais compradores e parceiros estrangeiros.
A ABDI terá atuação estratégica nesta jornada com a realização de consultorias especializadas que ajudarão as empresas a aumentar a produtividade. A gerente de Desenvolvimento Industrial da ABDI, Cecília Vergara, destacou o papel da agência como braço técnico do programa.
“Esse projeto reúne sete parceiros, incluindo a ABDI, e tem como objetivo alavancar as exportações dos setores de alimentos, grãos e bebidas do DF. A proposta é identificar micro e pequenas indústrias fabricantes desses produtos, capacitá-las para exportar, aumentar a competitividade dos seus produtos e apoiar nos processos de exportação”, disse.
As ações da ABDI dentro do programa incluem um diagnóstico de maturidade produtiva, consultorias presenciais e remotas para o redesenho de processos críticos, além de mentorias personalizadas para acompanhar a implementação das melhorias em vinte pequenas indústrias dos setores de alimentos, bebidas e beneficiamento de grãos. A atuação da Agência é resultado de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com a Fibra no fim do ano passado.
O programa conta com uma ampla rede de parceiros, entre eles a ApexBrasil, Sebrae-DF, Correios, Universidade Católica de Brasília, Banco BRB, CNI e entidades do setor alimentício. O edital do programa já está disponível com todas as informações sobre os critérios de seleção; as inscrições estão abertas até o dia 24 de abril. Acesse o site https://www.sistemafibra.org.br/fibra/.

Do DF para o mundo
Entre os empresários participantes do evento, o entusiasmo também era visível. Para Yannah Raslan, diretora administrativa da Confeitaria da Torre, o programa chega como uma virada de chave para o setor. Yannah relatou como sua jornada exportadora começou em 2019, ainda sem estrutura para exportar, mas com o desejo de transformar a empresa.
Segundo ela, a preparação para acessar o mercado internacional trouxe ganhos significativos, mesmo antes da primeira exportação. A Confeitaria da Torre passou a adotar práticas e padrões globais, como produtos sem açúcar e sem lactose, uso de embalagens compostáveis e certificações como o selo Halal.
