A abertura da 8ª Mostra da Base Industrial de Defesa do Brasil aconteceu nesta terça-feira, 3, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. A feira segue até o dia 5 de novembro. O evento é organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) e conta com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), do Ministério da Defesa e de outras instituições.
A Mostra BID Brasil é o principal evento da Base Industrial de Defesa e Segurança do Brasil e reúne os maiores players do mercado, oferecendo uma agenda voltada para negócios, networking e inovações tecnológicas.
O presidente da ABIMDE, Roberto Gallo, destacou que o evento fortalece a integração entre as Forças Armadas brasileiras e a indústria nacional de Defesa, promovendo a inovação, o desenvolvimento tecnológico e a autonomia estratégica do Brasil no setor.
Gallo ressaltou ainda compromisso do Governo Federal com a indústria de defesa por meio da Nova Indústria Brasil (NIB).
“É notável o esforço do Governo em priorizar setores estratégicos para a soberania nacional. Esta é a amostra de que Estado, indústria e academia, quando trabalham juntos, podem superar qualquer coisa. Afinal, a defesa não é apenas um setor produtivo. É o motor de desenvolvimento tecnológico, econômico e, acima de tudo, de bem-estar social. A garantia de que o Brasil pode enfrentar o futuro com segurança, seja interna ou externa, sendo sempre competitivo e soberano”, disse.
Em sua fala, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que o evento representa a capacidade nacional de produção industrial para a defesa e segurança.
Segundo Múcio, até novembro deste ano, o setor exportou US$ 1,74 bilhão de dólares. Só a Base Industrial de Defesa registrou 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos, o que representa 2,1% dos empregos formais do país.
“Esses números se traduzem em inclusão social, novas oportunidades e crescimento econômico e comercial para o Brasil. Investir na indústria de defesa significa estimular o mercado de trabalho como um todo no país”, acrescentou.
O ministrou falou ainda da pluralidade desse setor produtivo industrial. “Algumas tecnologias idealizadas para emprego no setor de defesa podem ser aplicadas em outras esferas da sociedade. Com grande esforço, o país vem desenvolvendo setores que são estratégicos para a defesa, como o nuclear, o cibernético e o espacial”.
Indústria transversal
“A indústria de defesa é transversal e está por trás de boa parte do desenvolvimento econômico, tecnológico e científico”, afirmou o presidente da ABDI, Ricardo Cappelli, que também falou na abertura do evento.
O presidente falou do mapeamento da base industrial de defesa brasileiro, feito pela Agência em 2016, e que está em processo de atualização de dados. Também mencionou o esforço da ABDI na estruturação de um modelo de exportações de Defesa na modalidade Governo a Governo (gov to gov).
“A gente sabe que a indústria de defesa e suas relações comerciais estão diretamente relacionadas à relação entre os países, e envolvem questões geopolíticas, interesses das nações e não são simplesmente compras ou negociações de prateleira”.
E finalizou: “não existe país desenvolvido, livre, altivo, soberano, sem forças armadas fortes, sem uma indústria de defesa forte”.
Nesse sentido, a diretora de Economia Sustentável e Industrialização, Perpétua Almeida, completou afirmando que o evento mostra o potencial da indústria de defesa do Brasil. “Uma base industrial de defesa forte assegura mais soberania a um país. E o Governo Federal reforça esse compromisso ao lançar a Nova Indústria Brasil”.