Conselho deliberativo aprova Plano Estratégico da ABDI 2020-2023

Conselho deliberativo aprova Plano Estratégico da ABDI 2020-2023

Também foi aprovado Plano de Cargos e Salários com organograma mais flexível que traz economia de 33% nos recursos da Agência

A 44ª reunião do Conselho Deliberativo aprovou, nesta quarta-feira (dia 18), o Planejamento Estratégico da ABDI para o período 2020-2023, que traz novas Missão e Visão à Agência. Os conselheiros aprovaram ainda o detalhamento dos programas do Plano de Ação para 2020; o Relatório de Gestão de 2019; o Plano de Cargos e Salários da ABDI; além do Plano Anual de Auditoria Interna da instituição.

“Pela primeira vez, eu vejo a ABDI com foco, com relevância estratégica compatível com seu potencial e com o potencial dos talentos da Agência”, afirmou o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia. Costa mencionou ainda que o planejamento demonstra a capacidade da ABDI de alavancar estrategicamente o setor produtivo bem como as entidades dos conselheiros de forma a promover um ambiente econômico “mais competitivo, mais forte e mais moderno”.

O novo Plano de Cargos e Salários estabelece um organograma mais enxuto e flexível. As mudanças feitas no organograma geraram economia de 33,3% dos recursos, o que representa um valor para 2020 de R$ 1,03 milhão. Com outras medidas de redução de custeio, o total da economia gerada sobe para R$ 2,73 milhões. “Com base na reestruturação organizacional, obtivemos uma economia de R$ 2,7 milhões que poderá ser usada na área finalística (programas)”, disse o presidente da ABDI, Igor Calvet.

O planejamento estratégico da ABDI está previsto no contrato de gestão da Agência com o Ministério da Economia. O plano para o novo quadriênio traz novas Missão e Visão, sustentadas por cinco objetivos estratégicos. Segundo Calvet, o plano estabelece uma importante mudança na lógica da Agência. “O mapa estratégico traz a inversão da lógica da agência de uma instituição baseada em projetos para assumir a lógica baseada na geração de valor”, afirmou.

O detalhamento do Plano de Ação para 2020 define os dois programas centrais da ABDI: a Adoção e Difusão de Inovação e Novos Modelos de Negócios e Transformação Digital. Sustentam os programas cinco projetos. Indústria 4.0, + Produtividade e Cidades Inteligentes (inseridos no primeiro programa); Digital.BR e Cyber Arena (inseridos no programa Transformação Digital).

Segundo o presidente da ABDI, o plano estratégico tem como referência o quadro analítico da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que define os critérios para serem levados em consideração pelo organismo internacional sobre o pedido de acessão do Brasil.

Em resposta a questionamentos dos conselheiros Itamar Sanches (CUT) e Gustavo Coelho (CNI), Igor Calvet destacou a preocupação da ABDI com a capacitação e formação de profissionais para as chamadas profissões do futuro, relacionadas ao uso da tecnologia.

“Dentro dos projetos e dos programas, temos as ações extra firma, que envolvem a competência dos trabalhadores. Essa é uma preocupação da ABDI, em parceria com Ministério da Economia e da Educação”, disse Calvet.

O presidente do Conselho Deliberativo elogiou o Plano Anual de Auditoria Interna (Paint).  “Com o Paint, estamos no caminho certo de maior transparência. Vamos ter uma ABDI cada vez mais transparente”, afirmou Carlos Da Costa.

Reuniões preparatórias

A 44ª reunião do conselho foi precedida de vários encontros preparatórios. O presidente da ABDI apresentou aos membros do conselho os itens da pauta para que a reunião fosse dedicada a debates e deliberações.

“O presidente teve cuidado e zelo na concepção do planejamento. As escutas foram atenciosas, com registros e considerações apontadas por nós sendo contempladas no documento”, afirmou o conselheiro Francisco Saboya, presidente da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores).

Tomaram posse no Conselho Deliberativo Dan Ioschpe (presidente do IEDI); Igor Nazareth (Subsecretaria de Inovação do ME); Tatiane Cruz Sousa (Chefe de Divisão da Secretaria de Política Econômica da Secretaria Especial de Fazenda – SEF); João Mendes da Rocha Neto, Diretor do Departamento de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR; André Rauen (Diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação e Infraestrutura – SISET/IPEA); Itamar Sanches (secretário geral da CUT); Francisco Saboya (ANPROTEC); Guilherme Coutinho (ANPROTEC).

Participaram da reunião os conselheiros Edervaldo Teixeira (Diretor da APEX); Paulo Alvim (secretário MCTIC); Raul Martins (Coordenador-Geral de Acompanhamento de Programas da Área Econômica – CGPEC/SEF); Lara Marques (Analista de Planejamento e Orçamento da Coordenação de Acompanhamento de Programas da Economia);  João Paulo Pieroni (Chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde – BNDES); Gustavo Coelho (Presidente da Federação das Indústrias no Estado do Mato Grosso – FIEMT – CNI); Carlos Eduardo Abijaodi (Diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI); e Antônio Eduardo Diogo (Diretor de Administração e Finanças do SEBRAE).

Em função da pandemia do coronavírus, a reunião contou com a participação remota da maior parte dos conselheiros. (Veja aqui as resoluções definidas pela ABDI para conter a disseminação do vírus).