Depois de sete anos sem uma política industrial, neste sábado, 25 de maio, o Brasil tem motivos para comemorar o Dia da Indústria e refletir sobre os próximos passos rumo ao desenvolvimento econômico. Isso porque, com o lançamento da Nova Indústria Brasil (NIB), o país voltou a ter um projeto de desenvolvimento para uma indústria forte, sustentável e transformadora.
O plano de ação da NIB conta com R$ 300 bilhões destinados a financiamentos para o setor.
Nesse contexto, segundo determinação do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) é responsável pela elaboração de metas e de indicadores de monitoramento da NIB. A Agência lançará o Monitor da NIB, plataforma virtual que acompanhará e dará publicidade aos financiamentos, indicadores e metas estabelecidos nas seis missões da política industrial.
A ABDI também realizou o mapeamento detalhado de três cadeias industriais compreendidas pela Nova Indústria Brasil: máquinas agrícolas, robôs industriais e energias renováveis.
Segundo o presidente da Agência, Ricardo Cappelli, esses dados irão avaliar o adensamento das cadeias produtivas e o desenvolvimento de cada setor industrial.
“Nosso horizonte é, dentro desse monitoramento, incluir também o Mover, a depreciação acelerada, as políticas tarifárias conduzidas pelo MDIC, para que a gente possa, ao final, ter um painel de monitoramento da política industrial como um todo e consiga entregar resultados concretos e provar a efetividade e a eficiência da política industrial brasileira”, disse.
Além da NIB, a Agência tem atuado em articulação com órgãos públicos de regulamentação, como a Agência Nacional de Mineração (ANM) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), para auxiliá-los a destravar processos de regulação.
“Só no Governo Federal, temos 136 órgãos reguladores que emitem uma média de 900 novas normas por dia. É um emaranhado regulatório que se soma ao desmonte que o Estado viveu e que dificulta que as regras criadas sejam controladas e efetivadas”, apontou o presidente.
“Com o limite fiscal que temos, dificilmente vamos dar salto de desenvolvimento no Brasil via orçamento público. Então, destravar o orçamento privado é fundamental”, apontou, lembrando que o BNDES e as agências de fomento estão liberando crédito e o MDIC tem trabalhado na questão regulatória e tarifária. “Estamos enfrentando um gargalo objetivo da indústria no Brasil para tentar auxiliar, para destravar esse gargalo, para que a gente possa fazer o investimento privado acontecer. Não adianta pegar o recurso se, na hora de realizar o investimento, você fica travado na regulação”, afirmou.