Diretora da ABDI participa do lançamento da Frente Parlamentar Mista

Diretora da ABDI participa do lançamento da Frente Parlamentar Mista

Formado por deputados e senadores, grupo complementará atividades relacionadas à agroeconomia e à agenda ambientalista no Parlamento

A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, participou, na manhã desta quarta-feira (3/5), no salão nobre da Câmara dos Deputados, do lançamento da Frente Parlamentar Mista pela Inovação da Bioeconomia (FPBioeconomia). Formada por deputados e senadores, a frente tem por objetivo complementar as atividades relacionadas à agroeconomia e à agenda ambientalista no Congresso Nacional por meio do fomento de ações voltadas à perspectiva industrial e de inovação da bioeconomia.        

“Que bom que o parlamento brasileiro, e que bom que o mundo e o Brasil estão discutindo a questão ambiental. Estamos correndo atrás de um prejuízo que não é pequeno para o planeta. Por isso que todos nós temos a obrigação de cumprir os 17 ODS’’, disse Perpétua aos parlamentares integrantes da nova Frente, a representantes do Governo Federal e aos demais convidados da cerimônia, referindo-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que integram a agenda 2030 das Nações Unidas.     

A diretora da ABDI parabenizou a iniciativa parlamentar lembrando da atenção também dada pela Agência aos desafios ambientais, com destaque para a criação da nova Diretoria de Economia Sustentável e Industrialização, que passou a dirigir. “É preciso ajustar a indústria brasileira a este olhar, da forma que estamos fazendo aqui, agora. Pensar o meio ambiente, pensar como a gente se utiliza das riquezas ambientais de forma sustentável, sem comprometer as gerações futuras”.

Filha de seringueiro, Perpétua rememorou suas origens na floresta ao sustentar a necessidade de atenção à economia das populações rurais. “Eu sei a importância que é viver nas comunidades rurais, conviver com as comunidades indígenas. Quem mais protege a floresta são as populações tradicionais. Por isso que, quando a gente pensa em bioeconomia, a gente não pode, de forma alguma, esquecer que tem toda uma população que precisa se aproveitar dessa riqueza que a natureza nos coloca à disposição”, afirmou, celebrando adequações do Governo Federal ao tema, por meio de novas estruturas como a Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).  

Centro de Bionegócios da Amazônia
O lançamento da Frente Parlamentar Mista pela Inovação da Bioeconomia, renovada em função da nova legislatura do Parlamento e presidida pelo deputado Evair de Melo (PP), foi marcada pelo anúncio da assinatura, também nesta quarta-feira (3/5), do decreto presidencial que habilita a Organização Social que vai gerir o Centro de Biotecnologia da Amazônia, agora denominado Centro de Bionegócios da Amazônia.   

Anunciado pelo secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg, o decreto permitirá o fechamento de parceiras entre o centro e a iniciativa privada para a promoção de produtos e negócios com uso da biodiversidade. Em função de sua nova personalidade jurídica, a entidade poderá receber recursos de pesquisa e desenvolvimento do Polo Industrial de Manaus.        

“Isso é animador. Quando a gente olha para a grandiosidade desse centro, ele não estava a serviço das populações tradicionais, da população da floresta, está a serviço para usufruirmos, de forma sustentável, as riquezas da floresta”, celebrou Perpétua.

US$ 284 bilhões até 2050         
Para a Frente Parlamentar, a Bioeconomia é uma oportunidade real e imediata para o avanço econômico e social do Brasil. As atividades do setor, que movimenta globalmente mais de US$ 2 trilhões, integram mais da metade dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, desde a segurança alimentar até a garantia de acesso à energia e à saúde. Seu desenvolvimento no Brasil pode gerar um faturamento industrial anual de US$ 284 bilhões, até 2050.