A tecnologia do 5G, que permitirá conexões muito mais potentes, exigirá atuação cada vez mais sofisticada em segurança cibernética. Esse foi o tom do painel realizado, nesta quinta-feira (25), pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em Brasília. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) participou do evento como painelista para debater a relevância da tecnologia 5G na cibersegurança para participantes de hackathon.
O diretor de Entregas e Serviços da Huawei no Brasil, Bruno Zitnick, deu destaque para o período de transformações que o setor de telecomunicações vai passar. “O 5G vai aumentar em 10 vezes a experiência do usuário. As empresas de telefonia ainda estão estudando como vão se adaptar a tudo isso. Os planos atuais precisarão ser reformulados, vai ser possível fazer o download de 1 GB em apenas dois segundos”, disse Zitnick, que complementou com a previsão de que a tecnologia vai atingir a sua maturidade em até três anos de aplicação no mercado.
O diretor de Administração e Finanças da Biotic S/A – empresa que administra o Parque Tecnológico de Brasília – Carlos Henrique Alencar fez a ponte entre o 5G e a cibersegurança. “Em um mundo cada vez mais conectado, com conexões cada vez mais potentes, a preservação dos dados, principalmente quando falamos de informações relevantes para o País, se torna ainda mais importante”, destacou Carlos, que aproveitou para divulgar o trabalho que vem sendo feito entre o Biotic e a ABDI para a construção de uma Cyber Arena no Distrito Federal. “É um laboratório aberto, vivo, para treinamentos de segurança cibernética. Acreditamos que é um passo importante e efetivo para capacitar pessoas interessadas na área”, concluiu.
A especialista em Indústria de Defesa da ABDI, Larissa Querino, mostrou dados que reforçam a importância de se discutir o tema. “O Brasil é, hoje, o terceiro país que mais sofre ataques cibernéticos no mundo e está apenas na 70ª posição no Índice Global de Cibersegurança”, alertou Larissa, que apontou uma janela de oportunidades para os interessados na proteção de dados. “Até 2021, a previsão é de haja mais de 3,5 milhões de vagas de emprego para segurança cibernética”, destacou ela.