Diário da Campus
Imagina só: em fevereiro de 2018, uma grife superfamosa usou drones para lançar uma nova coleção de bolsas. Os dispositivos voadores substituíram os modelos e, em uma passarela chique de Milão, os produtos foram apresentados. Diferente, né?!
Aqui no Brasil também tem ideia boa: a prefeitura de São Paulo anunciou, recentemente, que vai usar drones para monitorar os Blocos de Carnaval com objetivo de evitar acidentes – tudo para garantir a sensação de segurança dos foliões.
Pois bem! Eles são bonitinhos e possuem centenas de utilidades. Supereficientes, eles podem fazer uma simples filmagem de festa ou monitorar a segurança de uma determinada área, por exemplo. A questão é que as empresas brasileiras estão se especializando cada vez mais e, hoje, qualquer pessoa pode adquirir um drone. Porém (atenção nesta parte!), existem regras para a aquisição.
Segundo a especialista em drones, Helena Bocayuva, palestrante na Campus Party 2019, o uso do equipamento deve ser consciente. Dona de um dos canais mais conhecidos no Youtube sobre o tema (A mulher do Drone), Helena, que também é diretora da regional de São Paulo da Associação Brasileira de Multirotores, ressalta que todos precisam ficar atentos no momento da compra, pois existem muitos modelos e com performances distintas. “'É um ‘brinquedo' que está na moda, mas existem normas e cuidados que muitos desconhecem. Pode ser perigoso”, afirma.
Por isso, atenção, jovem! A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estabeleceu que drones acima de 250 gramas são considerados “aeronaves” e devem ser cadastrados junto à Agência e homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) – pois podem voar a uma altura que interfere em outras frequências, como das antenas de telefonia. Além disso, o usuário também precisará de um registro de “piloto de drone” do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). Tudo isso para garantir a segurança de tudo e todos.
Helena contou, ainda, que nos Estados Unidos já existe uma espécie de liberação para a pilotagem de drones, emitida após testes de habilidade, digamos assim. No Brasil, o assunto precisa caminhar para se aprimorar as normas. “Com certeza, os drones serão os carteiros do futuro. Por que não poderíamos entregar medicamentos via drones, por exemplo? Precisamos avançar no setor, pois tem muita ideia legal para desenvolver, mas com segurança”, completa.
O equipamento é útil para muitas coisas e segmentos. Para a especialista, o drone será essencial para complementar a atuação de diversas profissões. Então fica ligado!
Seis aplicações que podem virar as profissões do futuro com o uso de drones:
– Segurança residencial e comercial
– Laudos de vistoria de áreas
– Inspeção de obras
– Mapeamento ambiental e rural
– Piloto de corrida
– Videomaker de eventos
– Transmissão ao vivo/Jornalismo aéreo
O lado social
O desastre em Brumadinho motivou uma convocação com pedido de auxílio às startups e empresas de tecnologia, feita pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Open Innovation BR – grupo que reúne executivos da área de inovação de grandes empresas. Muitas das 1,5 mil que atenderam o chamado para desenvolver e aplicar soluções em ajuda a Brumadinho atuam com tecnologia de drones.
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