A diretora de Sustentabilidade da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, e a analista Larissa Querino, líder do projeto de Defesa, reuniram-se hoje, 24, com o presidente da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), Edesio Teixeira, e diretores na sede da empresa, no Rio de Janeiro.
O objetivo da reunião foi a troca de experiências de exportação gov to gov na Defesa – exportação de produtos e equipamentos de defesa entre entidades governamentais. Esse tipo de transação pode envolver contratos diretos, acordos bilaterais, financiamento e assistência, transparência e regulação.
A Agência está estudando formas de intermediar esse tipo de serviço, visto que a portaria MDIC N° 1582 de 2017 autoriza a ABDI a realizar atividades de acompanhamento, supervisão e apoio à execução de contratos de vendas de bens e serviços firmados por empresas constituídas conforme a legislação brasileira com governos de outros países, podendo a Agência firmar os respectivos instrumentos em conjunto ou individualmente.
Perpétua explica que está em busca de expertise na área para criar o modelo brasileiro de gov to gov.
“A Associação das indústrias de Defesa (Abimde) e as próprias empresas da área têm nos procurado alegando que estão perdendo vendas para o exterior, porque a maioria dos países que querem comprar nossos equipamentos de Defesa não quer apenas a garantia da empresa exportadora, mas sim a garantia de uma instituição que represente o Estado brasileiro nesse tipo de transação. Eles querem o que chamamos de gov to gov, comércio entre governos”, afirmou Perpétua. “É importante unir as experiências nessa área para ajudarmos as empresas brasileiras e apresentarmos um modelo de gov to gov para o governo federal”, completou a diretora.
Vinculada à Marinha, a Emgepron tem tido experiências positivas nesse tipo de transação com países como Angola e Namíbia. É o que explica o presidente da empresa.
“Já fizemos gov to gov aqui. Por exemplo, todo o levantamento da plataforma continental de Angola foi gerenciado pela Emgepron. Nós colocamos isso como um negócio para a empresa. Se a Emgepron entra em um gov to gov, ela vai atuar como interveniente técnica e gerencial. Técnica considerando o conhecimento e gerencial por montar uma estrutura de gerenciamento de um projeto, que é nossa expertise”, disse Edesio.
Após a reunião, os diretores definiram a realização de um workshop sobre o tema para compartilhar experiências com gestores e traçar os próximos passos para a criação de um modelo de transação gov to gov do governo brasileiro.