A analista de Produtividade e Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Bruna de Castro, participou nestas terça e quarta-feira, 18 e 19/06, da Oficina Estratégia Nacional Oceano sem Plástico (ENOP), realizada nas Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília. Organizadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, as atividades do encontro tiveram por objetivo a troca de ideias e a consolidação de dados e informações voltados à estruturação da ENOP.
Ao longo do encontro, Bruna de Castro debateu com os integrantes da oficina, oriundos da academia, da sociedade civil e de movimentos sociais, temas como o uso de tecnologias digitais na preservação ambiental. A analista também compartilhou as experiências e resultados do Desafio Saneamento do Futuro, concurso promovido pela ABDI em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) do qual foi responsável.
“É gratificante para a ABDI participar e colaborar com a construção da Estratégia Nacional Oceano sem Plástico”, disse. “Nesses dois dias, além de compartilhar a nossa jornada com o Desafio Saneamento do Futuro: Rios sem Plásticos, estamos colaborando com as discussões e formulações de projetos e ações de estímulo ao uso das tecnologias digitais para a preservação e proteção das águas brasileiras”, completou.
Encerrado em maio, com premiação de até R$ 440 mil, o Desafio selecionou os projetos de incentivo e aceleração de soluções inovadoras que melhor incorporam tecnologias digitais e contribuem para diminuir a quantidade de plástico nos lagos, rios e mares brasileiros.
Estados, municípios e setor privado
Nos dois dias de trabalho, a oficina também tratou de temas associados ao ciclo de vida do plástico, como normatização e regulamentação; prevenção e circularidade; remoção e remediação; educação ambiental e sensibilização; ciência, tecnologia e inovação; capacitação; diagnóstico, monitoramento e avaliação; fomento e financiamento.
Na sexta-feira, 21/06, uma nova oficina – desta vez, virtual – dará foco a agentes dos estados e municípios. Em agosto, o MMA planeja um encontro com o setor privado para igual discussão do assunto. O grupo pretendido inclui fabricantes de plásticos e embalagens, indústrias que demandam os dois produtos, representantes da pesca industrial e cadeias que possam oferecer substitutos ao plástico no mercado.
“O setor privado é igualmente importante”, destaca a coordenadora técnica do Projeto Terra Mar no MMA, Larissa Godoy. “É necessária a participação do setor privado para pensar em uma política complexa como o enfrentamento à poluição por plástico, em especial no oceano”, destaca.
Política de prevenção
Concebida pelo MMA, a Estratégia Nacional Oceano sem Plástico tem por objetivo sistematizar ações estratégicas que serão necessárias para a implementação de uma política efetiva para prevenção e combate ao lixo no mar, com foco na poluição por plástico – 80% dos resíduos sólidos encontrados no oceano são derivados do plástico (macroplásticos e microplásticos).
O desenvolvimento da Estratégia conta com o apoio da Universidade de São Paulo (USP), Cátedra Unesco, Embaixada da Noruega, Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), Ministério do Meio Ambiente alemão, Instituto Costa Brasilis, Projeto Terramar, Almoxarifados Submarinos, Funbio e International Climate Initiative (IKI). O MMA pretende lançar a Estratégia em 16/11, Dia Nacional da Amazônia Azul.
