FIEMG recebe roadshow do Brasil Mais Produtivo

FIEMG recebe roadshow do Brasil Mais Produtivo

Encontro em Belo Horizonte integra agenda de apresentação das oportunidades do programa a empresários de todo o país

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), sediou nesta terça-feira (2/07) um roadshow do novo Brasil Mais Produtivo, programa do governo federal que visa elevar a produtividade e promover a transformação digital das micro, pequenas e médias indústrias brasileiras. A iniciativa é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e está sendo realizada em todos os estados brasileiros com o intuito de apresentar aos empresários as oportunidades oferecidas pelo programa.

O roadshow contou com a participação de representantes de todos os parceiros do MDIC no Brasil Mais Produtivo, que apresentaram suas ações no programa. São eles: o: SENAI, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).

O presidente da FIEMG e do Conselho Regional do SENAI Minas, Flávio Roscoe, abriu o evento destacando as possibilidades que o programa traz para micro, pequenas e médias indústrias. “Hoje nós temos duas dores transversais em toda indústria: a primeira é a mão de obra, que é um problema estrutural hoje. E a segunda é manter a empresa atualizada com os saltos tecnológicos que estão, a todo momento, levando o setor industrial a novo patamar de desenvolvimento. Então, micro, pequenas e médias empresas têm dificuldade de conciliar as duas coisas. E o programa vem no cerne disso”, destacou.  

Em seguida, o diretor técnico do Sebrae, Douglas Cabido, falou sobre a importância do programa para impulsionar a produtividade da indústria brasileira. “Essa iniciativa do Brasil Mais Produtivo tenta atacar justamente esse problema de produtividade do país e, cada um em seu campo de atuação – Sebrae, SENAI, ABDI, Embrapii com a pesquisa – contribui para o resultado que buscamos. E o mais importante é todo mundo estar junto pra gente gastar menos, errar menos e chegar em quem precisa”, afirmou.

Por sua vez, a gerente de Transformação Digital da ABDI, Adryelle Pedrosa, destacou o papel da instituição no Brasil Mais Produtivo. “A ABDI atua muito diretamente no processo de transformação digital porque a gente avalia que a melhoria desses processos industriais, alinhados com o desenvolvimento tecnológico e a incorporação de tecnologias já amplamente testadas, podem ajudar a elevar o nível de produtividade e a competitividade das empresas. Então, o programa oferece consultorias, diagnósticos e linhas de crédito facilitadas pelo BNDES para apoio à transformação digital de pequenos negócios”, disse.

O assessor da Diretoria e Planejamento da Embrapii, Maycon Stahelin, também apresentou a atuação da instituição no programa. “O foco da Emprapii é no apoio à inovação industrial. São projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias industriais ou tecnologia de informação com aplicação para o setor industrial”, destacou. Ele explicou ainda que, desde a fundação da empresa, há dez anos, foram mais de 2.600 projetos apoiados pela instituição e mais de 1.800 micro, pequenas e médias empresas com recursos da ordem de mais de R$4 bilhões. A Embrapii conta com o apoio de 94 instituições de pesquisa que apoiam empresas que buscam criar novas tecnologias, produtos ou processos industriais por meio de recursos não reembolsáveis do órgão. 

Já o gerente de Inovação e Estratégia Industrial do BNDES, Fabrício Brollo, anunciou uma linha de crédito para digitalização nas empresas e um programa de Smart Factory com recursos não reembolsáveis para impulsionar o desenvolvimento de novas tecnologias. “O banco está atuando em duas frentes de trabalho. Uma delas são os planos de digitalização das empresas, em que o BNDES e a Finep devem lançar uma linha de financiamento específica para essa finalidade. Será uma linha mais facilitada, com taxas convenientes e incentivadas e que entenda a dinâmica que a digitalização traz para a economia” afirmou.

“A segunda frente é o Smart Factory, onde o banco aloca recursos não reembolsáveis para que as empresas, em parceria com o SENAI, desenvolvam novos sistemas, produtos e equipamentos digitais e que possam trazer esses equipamentos para cadastro de fornecedores do BNDES”, completou.

Por fim, a coordenadora de Empreendedorismo Inovador do Departamento de Transformação Digital, Inovação e Novos Negócios do MDIC, Clarissa Rodrigues Soares, falou que apesar de o mundo estar num cenário de grandes saltos tecnológicos, apenas 20% das empresas industriais brasileiras estão digitalizadas. A partir dessa situação é que surge o Brasil Mais Produtivo. “O governo federal pretende mudar essa realidade e isso depende do aumento da produtividade por meio de processos mais ágeis, redução de custos, eficiência no uso dos recursos energéticos e no uso das tecnologias digitais. E é nesse contexto que o programa foi reformulado e relançado no ano passado como forma de difusão e capilarização da política de neoindustrialização do país”, concluiu.

Brasil Mais Produtivo

Após a apresentação inicial, a gerente SENAI Nacional, Patrícia Garcia Martins, apresentou as quatro modalidades do novo Brasil Mais Produtivo: 1- Plataforma de Produtividade; 2 Diagnóstico e Estratégia de Gestão; 3- Otimização de Processos Industriais; e 4- Transformação Digital.

Mais informações sobre a inscrições para o programa estão disponíveis no site do Brasil Mais Produtivo.

Cases de sucesso

Ainda durante o evento, empresários que já participaram do Brasil Mais Produtivo compartilharam com os presentes os retornos obtidos em suas empresas a partir das consultorias do programa. Luciana Hitomi Bastos, proprietária da Artesanal Decor & Estilo, localizada em Igaratinga, contou como a consultoria realizada junto ao SENAI impactou sua empresa com um ganho de produtividade de 29% por meio de mudanças no layout da fábrica, aquisição de novas máquinas e melhorias de processos.

“Esse programa pra gente foi maravilhoso. Não são só números, mas fatos gerados. Antes não tínhamos nem conhecimento de até onde poderíamos chegar. Então o programa é uma âncora e um divisor de águas para nossa empresa”, destacou Luciana.

No mesmo sentido, o proprietário da Barbosa Minerals, Warley Santos Barbosa, ressaltou a importância do Brasil Mais Produtivo para algumas das mudanças implantadas em seu negócio. A empresa, localizada em Juatuba, fornece produtos de borracha e material plástico (poliuretano) para o setor de mineração.

Warley Santos Barbosa contou com uma consultoria do Sebrae por meio do ALI Produtividade, onde foi feito um mapeamento das principais dificuldades da empresa para a busca de uma solução. “Nossa principal dificuldade era a precificação de produtos, mas no decorrer da jornada percebemos que a precificação era só um detalhe porque precisávamos mexer em outras áreas para então conseguir precificar melhor os produtos. E, ao longo do processo, fomos evoluindo e descobrimos como otimizar o tempo, otimizar a compra de matéria-prima, evitar gastos desnecessários e quantificar a matéria-prima necessária para fabricar cada item. Então, para resolver nossa maior dificuldade, que era precificar nosso produto, era preciso mexer em outros setores antes”, disse. E a partir de todo o trabalho junto do Sebrae, a empresa teve um ganho de produtividade e gestão, além de conseguir precificar melhor os produtos, que era o objetivo inicial.

*Com informações da ascom da FIEMG