Nesta terça-feira (28/11), o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, deu início aos trabalhos do Fórum MDIC de Comércio e Serviços (FMCS), que vai debater políticas com bases sustentáveis e tecnológicas para o desenvolvimento do setor, responsável por 68,2% do PIB de 2022.
Formado pelas secretarias do MDIC e 26 entidades representativas do setor, o FMCS vai fortalecer o diálogo e a cooperação entre o governo federal e as entidades representativas do terceiro setor.
“Nós pretendemos periodicamente estar ouvindo o setor de comércio e serviços, o que é para já e o que é para médio prazo, para trabalharmos juntos”, garantiu Geraldo Alckmin, ao listar uma série de medidas desenvolvidas pelo governo federal em benefício do setor, como as linhas de crédito para inovação e digitalização e o fundo setorial do audiovisual, ambas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e os programa Desenrola e Brasil + Produtivo.
Interlocução permanente
De acordo com o secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, o Fórum, criado no início de novembro, será um espaço de interlocução permanente e forte do governo federal com o setor produtivo, para a criação de políticas eficazes para o terceiro setor, que representa 70% dos empregos com carteira assinada.
Para a presidente interina da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cecília Vergara, a participação da Agência no Fórum contribuirá com os setores de comércio e serviços por meio da escuta e do incentivo da participação das empresas nas ações da ABDI que buscam a transformação e a maturidade digital, como o Jornada Digital e o Digital.Br, além do Brasil + Produtivo, viabilizando assim o aumento da produtividade do setor.
Os debates serão realizados em duas câmaras temáticas: de Comércio e Serviços Conectados ao Varejo; e de Serviços Baseados em Conhecimento. Elas são responsáveis por acompanhar ações e apresentar proposições relacionadas a estratégias e temas prioritários definidos pelo MDIC.
“Aqui se constroem o tempo todo políticas públicas estruturantes para todos os setores. Agora, a discussão é em torno de comércios e serviços”, destacou Elias Rosa, para quem o Fórum será também um espaço para superar dificuldades, “idealizando medidas para o futuro”.
O terceiro setor tem grande abrangência, que vai desde empreendimentos locais até grandes redes de varejo, impulsionando a circulação de bens e estimulando a atividade econômica. Além disso, há setores de serviços que incorporam atividades de alta tecnologia e que demandam mão de obra especializada, promovendo inovação e competividade.
O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, ressaltou a importância do setor de serviço como dimensão estratégica para a neoindustrialização. “É um dos setores mais estratégicos que nós temos para a geração de emprego, de renda e fortalecimento dos maiores potenciais para o crescimento econômico brasileiro, que é o mercado interno”, explicou o secretário.
Entre os temas abordados na reunião pelos representantes das 26 entidades integrantes do Fórum estão impostos de importação, simplificação regulatória, Custo Brasil e exportação de serviços. A próxima reunião do FMCS será realizada no primeiro semestre de 2024.
Com informações do MDIC.