Governo Federal lança a modalidade de Transformação Digital do Programa Brasil Mais Produtivo na FIESP

Governo Federal lança a modalidade de Transformação Digital do Programa Brasil Mais Produtivo na FIESP

Em São Paulo, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, destacou a importância da digitalização para aumentar a competitividade e a produtividade da indústria nacional

O Governo Federal deu mais um passo pela digitalização das empresas brasileiras. Nesta segunda-feira, 23, foi lançada a modalidade Transformação Digital do programa Brasil Mais Produtivo. O evento, realizado em São Paulo, contou com a presença do presidente da República em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli.

A solenidade na capital paulista destacou o plano do governo para digitalizar 25% das empresas brasileiras até 2026 e 50% até 2033, utilizando tecnologias como Big Data e inteligência artificial. Alckmin destacou o simbolismo da cerimônia na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em parceria com ABDI, Senai, Sebrae, BNDES, Finep e Emprapii. “Hoje é um dia muito feliz, de voltar à Fiesp e celebrar essa grande parceria. A meta é digitalizar, ganhar produtividade, reduzir custos, qualificar e fazer as empresas crescerem”, afirmou.

O programa busca impactar diretamente 93 mil empresas que serão atendidas presencialmente por consultores do Senai e do Sebrae, além de outras 200 mil que terão acesso aos serviços oferecidos pelos parceiros na Plataforma de Produtividade. A iniciativa inclui o diagnóstico de problemas, projetos personalizados para aumentar a eficiência e acesso a crédito facilitado por meio do BNDES e outras instituições parceiras. “Serão R$ 2 bilhões investidos nesse trabalho, ajudando as pequenas, médias e microempresas”, disse Alckmin.

Durante sua fala, Ricardo Cappelli ressaltou a importância do programa Brasil Mais Produtivo na vida dos micro, pequenos e médios empreendedores industriais, que frequentemente enfrentam dificuldades para acessar crédito, tecnologia e práticas de gestão modernas. Ele enfatizou o papel da ABDI, em parceria com o Sebrae e o Senai, no apoio direto às empresas por meio de diagnósticos personalizados e visitas presenciais às empresas.

“Recentemente, fiz questão de visitar três empresas em Brasília, e é muito claro, no olhar dos pequenos e médios empresários, o quanto esse apoio que estamos disponibilizando é fundamental para essas empresas. Muitos dizem que, sem esse apoio externo, jamais teriam acesso às tecnologias e práticas que estão recebendo”, contou o presidente da ABDI. “Eles estão em uma luta constante para pagar as contas e honrar seus compromissos, e é por isso que esse suporte faz tanta diferença no dia a dia”, completou.

Cappelli também aproveitou a ocasião para apresentar outras iniciativas da Agência voltadas ao fortalecimento da política industrial no Brasil. Ele mencionou a recente parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para monitorar e avaliar o impacto da política industrial, e o esforço da ABDI em desburocratizar o ambiente regulatório, com acordos de cooperação com as agências reguladoras.

Ao final, o presidente da ABDI reafirmou o compromisso da Agência em apoiar o desenvolvimento da indústria nacional. “Essa é a nova ABDI que estamos tentando construir, em sintonia com a Nova Indústria Brasil. O Brasil voltou a ter política industrial, está crescendo, e esse é o nosso desafio: fortalecer a indústria. Não existe país desenvolvido no mundo sem uma indústria forte”, finalizou.

Políticas públicas

O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, ressaltou a importância da continuidade nas políticas industriais e do diálogo entre o governo e o setor privado. Ele mencionou que a missão de neoindustrialização liderada pelo governo e apoiada pela Fiesp já resultou no anúncio de R$ 580 bilhões em investimentos privados, distribuídos por diversos setores produtivos.

“O Brasil tem potencial para crescer 5% ao ano, desde que a taxa de investimento no PIB seja elevada para 25%. Isso é um grande desafio, e o presidente Lula tem construído um cenário propício para que isso aconteça. O Brasil Mais Produtivo é um desses grandes programas que vai promover o processo de neoindustrialização”, afirmou.

Bruno Quick, presidente em exercício do Sebrae, também enfatizou o papel das políticas públicas no apoio à transformação digital e à integração das pequenas empresas no cenário industrial.

“Hoje, as grandes empresas terceirizam suas operações, e as micro e pequenas empresas são parte essencial dessa cadeia de valor. Trazer essas empresas junto dos esforços das grandes e médias é vital para a capilarização dessas políticas”, afirmou.

Sobre o programa

O Brasil Mais Produtivo é uma ação coordenada pelo MDIC em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), além de ABDI, Senai e Sebrae, responsáveis pela execução das ações em campo. Com investimentos que superam R$ 2 bilhões, o programa integra as diretrizes estratégicas da Nova Indústria Brasil, que visa reposicionar a indústria nacional no cenário global.