IFB apresenta projetos para formalizar pequeno empreendedor

IFB apresenta projetos para formalizar pequeno empreendedor

Reunião da ABDI com Instituto Federal de Brasília também alinha parcerias em agricultura de precisão

As expectativas do Instituto Federal de Brasília (IFB) de ampliar a atuação de seus campi no DF em favor dos pequenos empreendedores e da agricultura de precisão foram o tema da reunião do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, com a reitora Veruska Machado e outros representantes do Instituto, nesta terça-feira, 07/05.

Também acompanhado pelo gerente de Serviços Financeiros e Captação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Valdir Oliveira, o encontro foi uma oportunidade de o IFB apresentar à ABDI as iniciativas promovidas pelo estabelecimento de ensino federal em meio à proposição de parcerias. Um dos destaques da conversa foi o Conecta IFB, evento gratuito e anual que reúne ensino, pesquisa, extensão, inovação e tecnologia com a intenção de integrar todos os campos do saber com as necessidades e pautas presentes na sociedade.

Após conhecer eventos do Conecta IFB e sinalizar apoio à ampliação do encontro em sua primeira edição de 2025, quando pretende-se trazer, a Brasília, um maior número de pequenos empreendedores, pesquisadores e empresas de todo o país, Cappelli foi informado sobre outros projetos pretendidos pelo instituto. Entre eles, o Laboratório de Neuromarketing, o IFB Volante e o Recomeço.

O IFB Volante, ideia que consiste em um ônibus equipado para levar conhecimento sobre empreendedorismo a diferentes regiões do DF, pretende aproximar o estabelecimento de ensino dos vendedores informais. De forma mais direta, o projeto Recomeço planeja uma aproximação pessoal: abordar empreendedores de rua e levar, a eles, orientação e material de trabalho, a exemplo de uniformes, que os induzam à gradual conscientização e formalização de seus negócios.

O objetivo do IFB de aproximar o empreendedor informal não apenas de suas atividades, mas, também, de seus espaços de ensino, foi parabenizada por Cappelli. “As pessoas que conseguem ter acesso ao conhecimento têm que ter uma ligação objetiva como mundo real”, disse. “Esse é um desafio que a gente tem que perseguir para, inclusive, fortalecer a ciência, fortalecer a produção de conhecimento. Porque, quando elas se descolam da vida real, das pessoas, elas perdem, inclusive, força social e política para sustentar seu financiamento”, concluiu.

Área da ciência que busca compreender o que influencia o consumidor na decisão de compra, os estudos em neuromarketing promovidos pelo laboratório do IFB, por sua vez, contariam com apoio, igualmente, da iniciativa privada. “Nossa ideia, aqui, é desenvolver parcerias, acordos de cooperação técnica, para que a iniciativa privada possa financiar as bolsas dos pesquisadores e tenha acesso, em primeira mão, aos resultados das pesquisas que forem produzidas”, explicou a coordenadora de Projetos do Instituto Carla Simone Castro.

Agricultura de precisão

As atividades do IFB voltadas ao agro 4.0 em seu campus de Planaltina, o segundo maior dos institutos federais do país, também foram tema da reunião. A exemplo dos demais projetos, Cappelli respondeu positivamente ao pedido de parceria da Agência para a criação de um centro de tecnologia de agricultura de precisão. A intenção é que o local se torne um ambiente demonstrador de novas soluções para capacitar agricultores e operadores de máquinas e para melhorar a qualificação dos egressos de cursos técnicos em agropecuária, agronomia e agroecologia.