Marca vai lançar fragrâncias desenvolvidas pela inteligência artificial

Marca vai lançar fragrâncias desenvolvidas pela inteligência artificial

Campus Party acabou, mas ainda podemos sentir o cheirinho desse evento, literalmente

Diário da Campus

Gosta de perfumes? Você sabia que a história desse liquidozinho começou lá no Egito, há milhões de anos? A especiaria era fonte de conexão entre os faraós e os membros da corte. Cleópatra, inclusive, conquistou Marco Antônio com o aroma de velas de rosas Smiling Face With Heart-Eyes. O negócio logo pegou e se tornou um item fundamental de apresentação à sociedade, fazendo parte da vestimenta. 

Ok, vamos direto ao ponto, então: se você é fã de perfume e gosta de tecnologia, anota aí: “O Boticário” vai lançar, muito em breve, fragrâncias criadas por meio da Inteligência Artificial (AI, sigla em inglês). É exatamente isso que você está lendo.

Uma das redes de perfumaria mais tradicionais do Brasil, em parceria com a IBM (empresa especialista em tecnologia) e a Symrise (fornecedora de fragrâncias), desenvolveu, pela primeira vez no mundo, dois perfumes criados pelas “mãos” de um robô. Um pouco difícil de imaginar, né? Bem, no quesito agilidade ele sai na frente com relação à mão de obra humana: uma máquina pode criar uma quantidade de misturas maior que a nossa constelação, segundo o Boticário, que divulgou a novidade na Campus Party 2019. Uau, hein?! Face Screaming in Fear

Mas aí surge a pergunta: como um robô tem o poder de fazer um perfume? A resposta é simples: a máquina foi abastecida com uma mistura de “ingredientes” como fórmulas, históricos, comportamento do consumidor, hábitos, preferências, taxas de consumo, “cheirinhos” já conhecidos. O robô fez um cruzamento de dados e chegou à fragrância “ideal”, digamos assim. Um detalhe importante: o processo só foi concluído com o aval do perfumista – profissional indispensável na criação do produto.  “Demos uma área focal para o robô e ele gerou milhares de combinações. Porém, só uma pessoa é capaz de analisar o resultado final”, afirmou o representante da IBM, Henrique von Atzingen.

Para o responsável da perfumaria do Boticário, Jean Bueno, falar de perfume é uma arte. “Temos aqui a tecnologia aliada à mão de obra no processo criativo. Juntamos uma máquina e o trabalho artístico de um perfumista. Isso tudo resultou na beleza de novos perfumes”, explicou.

Agora veja outro ponto interessante: o processo normal da produção de um perfume dura em média cinco anos, aproximadamente. Com o uso da AI, em menos de seis meses uma nova fragrância tomou forma (muito rápido!). “O robô não vai substituir o trabalho do perfumista, mas sim acelerar a produtividade”, completou Jean. Pausa aqui para uma curiosidade: sabia que existem mais astronautas no mundo do que perfumistas? Thinking Face

Os preços e os nomes ainda não foram divulgados. Em uma coisa vamos concordar: quando o assunto é Inteligência Artificial, sempre tem um cheirinho de coisa boa no ar. Ficaremos por aqui, esperando ansiosamente.