Presente no lançamento da Ótica do Futuro, o subsecretário de Comércio e Serviços do Ministério da Economia, Fábio Pina, fez questão de frisar a importância de o varejo brasileiro estar antenado e preparado para as constantes mudanças previstas na Indústria 4.0.
Internet das Coisas, Big Data, Inteligência Artificial, Segurança Cibernética, Blockchain, Realidade Virtual. Esse ambiente de digitalização da economia, advindo da 4ª Revolução Industrial, empodera cada vez mais o cliente. São tecnologias irreversíveis para a sobrevivência do varejo?
Nenhum setor da economia pode fugir disso, da modernidade. E o varejo menos ainda. É um setor extremamente concorrencial e o consumidor de hoje é muito exigente. Como ele já tem o varejo na palma da mão, para que você o atraia para a loja física, por exemplo, tem de ter uma experiência moderna, diferente e prazerosa. Isso é o que o consumidor quer.
Qual avaliação o senhor faz do ProVA, coordenado pela ABDI?
O Prova é uma experiência muito próspera, uma junção, uma parceria da ABDI com o Ministério da Economia, por meio da SEPEC, e ataca exatamente esse ponto. Traz o varejista para entender as tendências do mercado, se capacitar para essa nova forma de se comunicar com o consumidor e ainda ampliar, ao máximo, o número de varejistas que podem investir em inovação e competir melhor no mercado.
Há a expectativa de ampliar o ProVA para outros mercados?
Essa é uma administração que avalia e amplia projetos que dão certo e elimina o que não dá certo. O ProVA é um bom exemplo de ação que, com baixíssimo custo, estimula a inovação, promove a competividade e ajuda a gerar novos negócios. Expandir isso significa dar oportunidades para que mais varejistas possam ter contato com novas tecnologias e novas formas de atrair o cliente, capacitar sua mão-de-obra, melhorar sua qualidade gerencial, trocar experiências com empresas mais modernas e evoluir a ponto de gerar mais emprego e renda, gerando prosperidade. É um tipo de experiência que deve ser multiplicada pelo país.
Quais os maiores desafios do varejo brasileiro?
É preciso conhecer o desenvolvimento tecnológico, estar atento às inovações do mercado e descobrir que existem soluções acessíveis, que não são tão caras. O ProVA, por exemplo, demonstrou que conseguimos trazer até mesmo o pequeno varejo para a inovação. Criamos elos entre startups de jovens inovadores com o varejo. Com baixíssimo custo, juntamos as pontas entre a oferta e a demanda. Não tem como dar errado.
Qual recado o senhor deixa para os varejistas que pretendem inovar?
Em primeiro lugar, startups e varejistas venham para o ProVA e entendam o que é essa experiência. Talvez, aqui no Laboratório, você encontre a solução certa para o seu negócio. E, para as startups, você poderá estar inserido em um ambiente de conexão e liberdade de criação e validação da sua solução. Em segundo lugar, reforço o trivial: a única certeza é que tudo vai mudar e é preciso estar atento às mudanças. O presente se torna passado de uma forma muito mais veloz nos dias de hoje.