“A agroindústria brasileira tem o desafio de um novo ciclo, o da produção 4.0”, afirmou Paulo Alvim, secretário nacional de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) ao inaugurar o painel “Desenvolvimento Tecnológico do Agronegócio”, parte da programação da 1ª Feira de Agronegócio da Amazônia (Agrolab Amazônia). Além de Alvim, participaram do debate Marcela Carvalho, assessora especial da presidência da ABDI, e Mariana Vasconcelos, co-fundadora e CEO da AgroSmart. A mediação foi de Carlos Berti, diretor administrativo do Sebrae/RO.
Dentro do tema 4.0, Marcela Carvalho apresentou o Programa Agro 4.0, da ABDI em parceria com os ministérios da Economia (ME), da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI) e da Agricultura (MAPA), que visa estimular e fomentar o uso de tecnologias 4.0 no agronegócio. “A ABDI está muito atenta ao agronegócio, uma indústria fundamental para o país, que cresceu apesar da pandemia (dados IBGE) e que precisa avançar em conectividade e acesso nas ferramentas 4.0”, afirmou, acrescentando que o agro é um grande demonstrador de tecnologias do país.
Marcela também anunciou a prorrogação do prazo de inscrição no 1º Edital do Programa Agro 4.0 para o dia 7 de outubro. O edital, lançado pela ABDI, irá selecionar, premiar e acompanhar a implantação de 14 projetos pilotos de adoção e de difusão de tecnologias 4.0 no agronegócio, de forma a identificar modelos viáveis de aplicação de soluções, focadas em aumento de eficiência, de produtividade e redução de custos.
Sobre a importância de um edital como o do Agro 4.0, Mariana Vasconcelos avalia a pertinência do impulsionamento das tecnologias no campo e da necessidade de acesso às novas ferramentas pelo produtor rural. “A iniciativa possibilita que startups, como nós, produtores rurais, agroindústrias e outras unidades executoras mostrem que fazem inovação agrícola e possam alcançar financiamento para executá-las. O próximo passo é conseguir apoio também para o escalonamento do negócio”.
Paulo Alvim lembrou a trajetória das tecnologias para o campo, que levou o país a um lugar de potência agroindustrial. “Da cultura de subsistência à Revolução Verde, com o melhoramento de sementes, uso de fertilizantes e mecanização no campo, o Brasil chega agora no ciclo 4.0, com a aplicação de ferramentas como a Inteligência Artificial, robótica, big data, Internet das Coisas (IoT), biotecnologia e bioinsumos.”
Para o secretário, o trabalho agora é fortalecer a bioeconomia sustentável para atender o mercado interno e internacional e garantir que esse conjunto de tecnologias cheguem ao conhecimento dos pequenos produtores rurais, para que se transformem em riquezas e qualidade de vida no campo.
Agro 4.0
O edital do Programa Agro 4.0 traz quatro categorias relacionadas à cadeia produtiva do agronegócio, incluindo empresas dos setores primário, secundário e terciário: segmento de insumos, segmento primário (produção e colheita), segmento secundário (indústria de transformação) e integração de segmentos, incluindo segmento terciário (integração de elos da cadeia).
Todas as informações sobre o Edital estão reunidas em uma plataforma criada pela ABDI, que pode ser acessada aqui.
Agrolab Amazônia
A 1ª Feira de Agronegócio da Amazônia (Agrolab Amazônia) é promovida pelo Sebrae, com o patrocínio da ABDI e outros parceiros. O evento acontece até amanhã, em ambiente virtual e 3D, e pode ser acompanhado no site .