Observatório da FIEC lança 5º edição do Índice de Inovação dos Estados

Observatório da FIEC lança 5º edição do Índice de Inovação dos Estados

Estudo elaborado com apoio da ABDI aponta Espírito Santo como Unidade da Federação que mais avançou nos últimos cinco anos

O Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) lançou nessa quinta-feira (30/11), a 5ª edição do Índice de Inovação dos Estados. Realizado com apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o estudo traz importantes informações que revelam o nível de inovação nas cinco regiões brasileiras.      

Nesta edição, além de uma sofisticação metodológica que consiste na inclusão de fatores como logística (rodovias, ferrovias, aeroportos e portos), intensidade criativa e sustentabilidade ambiental, a publicação traz uma análise da série histórica dos últimos cinco anos calculada na nova metodologia.   

Segundo o documento, São Paulo é o estado mais inovador do Brasil, seguido por Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que aparecem nas 2ª e 3ª colocações, respectivamente. Os três estados ocuparam de forma estável essas posições nos últimos cinco anos. O Espírito Santo, por sua vez, se destaca como a unidade da federação que mais avançou no período, saindo da 13ª (2019) para a 9ª posição (2023).         

“Este estudo do Observatório da Indústria da FIEC preenche uma lacuna de orientação aos players sobre os principais fatores de inovação do país”, aponta a gerente da Unidade de Gestão Estratégica da ABDI, Roberta Nunes. “O apoio da Agência, por sua vez, contribui para a elaboração de uma agenda de desenvolvimento inovativo no Brasil, alavancando o avanço tecnológico em todos os estados. Além de estar alinhado com a estratégia da ABDI, esse apoio fomenta o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 9 das Nações Unidas, que trata de Indústria, Inovação e Infraestrutura”.

Para o gerente do Observatório da Indústria da FIEC, Guilherme Muchale, a pesquisa aponta importantes direções para os gestores dos estados. “O Índice funciona como uma bússola e tem enorme potencial para nortear os estados a traçar ações ainda mais estratégicas para fomentar o desenvolvimento. Por meio dele, é possível identificar atividades inovadoras que se desenvolvem com fluidez, além de pontos de melhoria a serem trabalhados”.

Levantamento regional

As regiões que lideraram o ranking nos últimos anos foram o Sudeste (1º) e o Sul (2º), o que aponta uma concentração da inovação no eixo Sul-Sudeste. O Nordeste saltou uma posição e configura como 3ª região mais inovadora – entre os estados desta região, destacam-se Ceará (8º), Rio Grande do Norte (11º) e Pernambuco (12º).          

No Centro-Oeste, que caiu para a 4ª colocação regional, os melhores colocados foram o Distrito Federal (7º) e Goiás (10º). No 5º lugar, a região Norte tem como referência inovadora local os estados do Pará (16º) e Amazonas (17º). 

Sobre o Índice      

Desenvolvido pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) com apoio da ABDI, o Índice de Inovação dos Estados tem como propósito identificar os principais pontos relacionados à inovação, bem como mensurar o patamar em que os estados brasileiros se encontram.

O Índice consiste em um instrumento informacional com capacidade de orientar os estados para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem um ecossistema inovador no Brasil. Ele é calculado tendo como base dois subíndices – Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e as medições da inovação em si (Resultados). Como os dados são desagregados em doze indicadores e duas dimensões, a solução dos entraves fica mais direcionada. O indicador de ‘Capacidades’ captura os seguintes elementos: Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia, Capital Humano (Graduação e Pós-Graduação), Inserção de Mestres e Doutores, Instituições e Infraestrutura. Já o índice de ‘Resultados’ avalia os aspectos de Competitividade Global, Intensidade Tecnológica e Criativa, Propriedade Intelectual, Produção Científica, Empreendedorismo e Sustentabilidade Ambiental.