Programa da ABDI e PIT promove alta de 10% na maturidade em ASG de empresas participantes

Programa da ABDI e PIT promove alta de 10% na maturidade em ASG de empresas participantes

O objetivo do Programa Circularidade foi incentivar a adoção de práticas sustentáveis de produção e utilização de modelos de Gestão ASG em 10 empresas fornecedoras da Embraer.

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Parque Tecnológico São José dos Campos (PIT), em parceria com a Embraer, apresentaram nesta quarta-feira, 30, os resultados do Programa Circularidade – Engajamento na Cultura ASG (Ambiental, Social e Governança). Ao todo, 10 empresas fornecedoras da Embraer participaram de forma voluntária do projeto, que teve a duração de 18 meses. O objetivo foi incentivar a adoção de práticas sustentáveis de produção e utilização de modelos de Gestão ASG nas empresas, que compõem a cadeia de suprimentos aeroespacial do Vale do Paraíba.

O resultado da jornada foi uma alta de 10% na maturidade média em ASG nas empresas. Em conhecimentos gerais, incluindo os temas de sustentabilidade empresarial, agenda ASG e Agenda 2030, o aumento foi de 35%.

Nas ações ambientais, as empresas avançaram 10%, com destaque para adoções de medidas para compensações de carbono. No social, a alta também foi de 10%, com melhorias importantes na área de direitos humanos. Já na governança, a alta foi de 4%, com ênfase em gestão de riscos.

O gerente da Unidade de Fomento às Estratégias ASG da ABDI, Rogério de Araújo, falou da importância da adoção de práticas sustentáveis por parte das empresas, sobretudo como vetor de competitividade no mercado.

“Eu fiquei muito satisfeito com os resultados apresentados. Os resultados mostraram que as ações aplicadas ajudaram as empresas a avançarem na maturidade seja ambiental, social ou de governança. Isso é muito importante porque mantém e aumenta a competitividade dessas empresas para a conquista de novos mercados”, disse.

O vice-presidente do PIT, Marcelo Nunes, destacou o impacto a longo prazo tanto para as empresas da cadeia produtiva aeroespacial quanto para a sociedade e o meio ambiente. “Esse desafio fez com que a cultura ASG nascesse dentro de uma cadeia tão crítica, que é a cultura aeroespacial. Esse programa criva a pauta ASG de forma definitiva na cadeia aeronáutica. Só temos a agradecer a parceria com a ABDI e a Embraer”.

Ainda segundo os resultados, das 10 empresas participantes, nove implantaram um Comitê ASG. Oito firmaram novas parcerias após a jornada e seis empresas já identificaram novas oportunidades de negócios. Todas as participantes declaram que irão continuar investindo em ações ASG.

ASG do zero

Além da apresentação dos resultados, algumas empresas participantes do projeto falaram sobre sua jornada durante o programa e o impacto das práticas ASG adotadas no dia a dia.

O técnico de segurança do trabalho da Alltec, Rafael Primo, conta que a empresa saiu do zero com relação ao conceito e práticas ASG. “Nós não tínhamos nenhum conhecimento de ASG, mas estamos aprendendo bastante até hoje. Conseguimos implantar muitas coisas que não sabíamos que poderíamos. Na área social, diversidade, igualdade de gênero, de salário, isso foi fantástico”. E acrescentou: “estamos fazendo uma gestão de resíduos mais eficaz, e isso agregou na nossa emissão de carbono, e nós nem sabíamos que isso existia”.

Para a empresa Winnstal, o pilar considerado de mais impacto é o da governança, segundo a coordenadora de qualidade, Priscila Carvalheira. “Essa parte (governança) foi incorporada no nosso planejamento estratégico, não é uma ação que vai morrer em um ano e meio, vai durar para sempre. No ambiental, também passamos a implementar processos específicos para avaliação periódica de impactos, não fazíamos isso antes do projeto. Não sabíamos nem o que era a Agenda 2030, e todos nossos colaboradores foram conscientizados disso. No social, passamos a identificar e avaliar nosso impacto gerados na comunidade, incluindo riscos de violação de direitos humanos”.