A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, participou nesta terça-feira, 23, na Câmara dos Deputados, da audiência pública “Alterações legislativas para reindustrialização brasileira, a transição energética e a descarbonização: contribuições do setor automotivo”. O debate foi promovido pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da casa.
O objetivo da audiência foi apresentar contribuições do setor para a elaboração de um estudo que prevê, entre outras ações, examinar as políticas industriais das principais economias e os instrumentos que têm sido utilizados atualmente; identificar setores industriais promissores para o desenvolvimento econômico e social brasileiro; sugerir diretrizes para a política industrial brasileira no contexto da transição energética e da descarbonização; identificar as possiblidades de aumento do investimento público e privado na transição energética e na descarbonização puxadas pela indústria, especialmente por meio da bioeconomia e a bioindústria.
A diretora da Agência destacou três iniciativas do Governo Federal, já em andamento, que cooperam para a reindustrialização brasileira. São elas: Programa Mover, Programa Combustível do Futuro e o Programa Nacional do Hidrogênio.
“Acho importante concentrar no Mover, porque nós da ABDI somos parte desse processo e da responsabilidade de torná-lo um sucesso. É um programa que vai promover a expansão de investimentos em eficiência energética e que vai ajudar o Brasil a alcançar um patamar avançado na produção global de veículos automotores”.
Perpétua listou algumas vantagens do Programa Mover, entre elas a promoção da descarbonização, da economia circular como foco estratégico e o fomento da indústria automotiva.
“É bom a gente deixar muito claro que o Mover se fundamenta precisamente em três princípios: sustentabilidade ambiental, avanço de novas tecnologias e a cidadania”.
E acrescentou: “é uma iniciativa que fomenta o desenvolvimento tecnológico, aumenta a competitividade global, promove a integração nas cadeias de valor internacionais, incentiva a descarbonização e alinha-se a uma economia de baixo carbono no ambiente produtivo de automóveis e seus implementos”.
Também participaram do debate, entre outros, Henry Joseph, representando a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea); Thiago Sugahara, da Associação Brasileira do Veículo Elétrico; e Gábor Déak, do Sindicato Nacional da Indústria de Veículos Automotores.
Foto: Gabriel Paiva