Projeto Fábricas do Futuro auxilia setor têxtil na adoção de tecnologias

Projeto Fábricas do Futuro auxilia setor têxtil na adoção de tecnologias

Presidente da ABDI participa de encontro da Frente Parlamentar Mista do Setor Têxtil e de Confecções

O Brasil é o quarto maior produtor e segundo exportador mundial de têxteis, um setor que tem intensificado a digitalização de suas indústrias. E o projeto Fábricas do Futuro da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) tem contribuído com a implantação de tecnologias digitais nas empresas. Hoje há duas plantas fabris que funcionam para a demonstração dessas inovações, como enfatizou Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit).

“Temos a sorte de ter uma Agência que nos apoiou nessa iniciativa, até porque faz parte do escopo de projetos dela. A indústria 4.0 vai reformular o modo de fabricar, de consumir, aumentando a sustentabilidade, a assertividade e permitindo que se use menos materiais. Enfim, uma grande evolução que vai fazer com que ao longo dos próximos 20 anos a atividade de fabricação do vestuário sofra uma grande transformação”, analisou Pimentel, durante encontro da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento do Setor Têxtil e de Confecções, nesta quarta-feira (10).

Computação nas nuvens, Big Data, Internet das Coisas, Robótica, Inteligência Artificial são algumas tecnologias digitais que estão sendo incorporadas ao setor têxtil, gerando um impacto disruptivo. “A inovação deve ser o pilar do desenvolvimento no Brasil. Vocês são uma prova que a indústria é uma solução e não o problema”, apontou Guto Ferreira, presidente da ABDI, que também participou do evento na Câmara dos Deputados.

O edital da ABDI para as chamadas “Fábricas do Futuro” (testbeds, no termo em inglês), definiu as dez melhores propostas, que receberão R$ 300 mil cada. A ideia é estimular a inovação com a adoção de conceitos da indústria 4.0 na matriz produtiva brasileira, o que pode gerar uma economia de R$ 73 bilhões ao ano. As instituições terão que aportar pelo menos 10% do valor do projeto como contrapartida financeira.

O edital estabeleceu as seguintes áreas de interesse para as propostas: desenvolvimento e conhecimento tecnológico; mecanismos de inserção e adoção de tecnologias; habilidades sistêmicas e formação educacional 4.0; teste e validação de modelos de fomento e financiamento para a adoção e geração de tecnologias para a indústria 4.0.