A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) selecionou seis projetos para a fase de escala do 2º Edital do Programa Digital.br. As propostas escolhidas para implementação serão premiadas de acordo com a posição na lista de classificados, com valores de R$ 550 mil (do 4º ao 6º colocado), R$ 850 mil (2º e 3º) e R$ 1 milhão (1º).
“A expectativa da ABDI é gerar, na indústria regional, desenvolvimento de aglomerações produtivas e dinâmicas com projetos estruturantes ligados à transformação, além de aumentar a renda da região, taxas de lucratividade e massa salarial”, destaca a gerente da Unidade de Transformação Digital da Agência, Adryelle Pedrosa.
O projeto selecionado em 1º lugar foi o Mais Performance Moda. A iniciativa do Rio Grande do Norte consiste no desenvolvimento e na implantação de um sistema inteligente de controle e gerenciamento da produção têxtil em tempo real. Na fase de escala, deverá atender ao menos 120 empresas da indústria de micro e pequeno porte do estado, oferecendo também consultorias e mentorias a empresários em conceitos e processos produtivos alinhados à transformação digital.
A rede proponente foi formada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Rio Grande do Norte, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN).
Em 2º lugar ficou o projeto Alagoas Mais Digital (Rede Alagoana de Transformação Digital), proposto pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) do estado, pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas, pela Secretaria Estadual da Ciência, da Tecnologia e da Inovação de Alagoas e pelo Sebrae estadual.
O projeto tem foco no desenvolvimento e na implantação de uma plataforma para gerenciamento de indicadores de produtividade em indústrias do segmento vestuário, plástico e alimentos. O objetivo é permitir que as empresas monitorem indicadores como índice de eficiência do equipamento, tempo médio entre falhas, disponibilidade, custo de manutenção, consumo de energia, estoque, entre outros. Na escala, deverão ser atendidas 120 empresas.
O projeto Bahia in Rede foi o 3º colocado. Fundamentado na realização de consultorias técnicas de cunho prático para a implantação de ferramentas de marketplace em pequenos negócios, disponibiliza capacitações em métodos e ferramentas de omnichannel, gestão estratégica de compras/insumos/produtos e gestão de estoque por meio de ferramentas digitais e capacitações. Na fase de escala deverá atender 180 empresas.
A rede proponente foi formada pelo Centro de Inovação Conquista (Hub Conquista), Sebrae/BA, Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação do estado da Bahia, Fecomércio Bahia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista.
A 4ª iniciativa selecionada pelo programa foi a Inova Digital MS, proposta pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, pelo Senai/MS e pelo Sebrae/MS. Deverá atender 120 indústrias na fase de escala.
O projeto consiste no desenvolvimento e na implantação de software de gestão e manutenção de máquinas, equipamentos e instalações para digitalização das informações dos ativos das empresas por meio de fotos, vídeos e outros documentos, para mapeamento dos ativos por TAGs QR Code, disparo automático de ações de manutenção de forma digital, inteligência para otimização de planos de manutenção e uso de indicadores de performance e painéis de gestão à vista.
Em 5º lugar, o HUB da Indústria fundamenta-se na construção de ambiente físico e digital de interação dos atores do ecossistema de inovação, que seja capaz de identificar os problemas reais das indústrias para aceleração da sua transformação digital, bem como de identificar e conectar soluções e ferramentas digitais que possam mitigar ou eliminar tais problemas.
Na escala, atenderá 130 indústrias. A proposta foi da Federação de Indústrias do Distrito Federal (Fibra), do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT), BIOTIC, Sebrae/DF e Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec).
Por fim, o projeto Digitalize-se foi classificado em 6º lugar. Consiste na estruturação de uma plataforma que vai identificar o nível de maturidade digital das empresas participantes, propor plano de ação a ser implementado, identificar soluções e mensurar o resultado do processo de implementação das soluções propostas.
Na fase de escala, o projeto deverá atender 150 empresas de micro e pequeno porte de Sergipe. A iniciativa é da Universidade Federal de Sergipe,do Sebrae/SE, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia e do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento de Sergipe.
O programa
O Programa Digital.br foi lançado em 2020 pela ABDI para estimular e fomentar políticas e projetos voltados à transformação digital de micro, pequenas e médias empresas dos setores econômicos secundário e terciário da economia brasileira, ou seja, indústrias e serviços.
O 1º Edital acelerou projetos propostos por redes e ecossistemas de inovação que tinham como beneficiárias empresas localizadas na região Nordeste. Foram qualificados mais de 80 agentes e implementados oito projetos-piloto. Na fase de escala, três projetos foram implementados e 950 empresas foram impactadas, com 16 municípios atendidos.
O 2º Edital está contemplando projetos que atendem empresas das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, com o objetivo de melhorar as condições e características produtivas das regiões. O edital foi dividido em duas fases: na fase piloto, de teste e experimentação das soluções com um público restrito de beneficiários, 18 projetos foram refinados e mais de 90 agentes foram qualificados. Ao todo, 600 empresas foram impactadas em 10 estados.
Já na atual fase de escala, de ampliação e difusão da solução para um público amplo, os seis projetos selecionados para implementação deverão impactar cerca de 820 empresas.