Como a quinta geração de dados móveis irá impactar na transformação digital, principalmente na indústria e no agronegócio. O tema foi discutido nesta quinta-feira (11), em São Paulo, durante o Seminário Internacional 5G.BR, promovido pelo Ministério das Comunicações (MCom) com correalização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O presidente da Agência, Igor Calvet, mediou o Painel “Revolução na Indústria e na Economia: como o 5G deve alavancar o setor produtivo brasileiro”, que contou com representantes da Nokia Enterprise LATAM, Bosch, Intelbras e WEG.
Para ele, não é possível ainda prever até onde o 5G pode chegar, porque vários modelos de negócios irão surgir com o advento da tecnologia. “Estamos discutindo o assunto que é a revolução na indústria e na economia com o 5G. Na indústria, estamos vivenciando a quarta revolução industrial, que mescla o mundo físico com o digital. A conectividade, o 5G, é a tecnologia que habilita essa integração, do físico com o digital”.
De acordo com levantamento do Ministério da Economia, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a consultoria Deloitte Brasil, o uso de soluções 5G pode representar um impacto de R$ 590 bilhões por ano no país – levando em consideração aumentos de produtividade e redução de custos da Indústria 4.0.
O CEO e fundador da V2COM, do grupo WEG, Guilherme Spina, afirmou que o 5G vai gerar uma revolução de produtividade graças à evolução tecnológica. “O avanço da indústria começou com a digitalização do backoffice e o 5G é o vetor da digitalização dos ativos reais”.
A necessidade de se trabalhar de maneira cooperativa foi levantada pelo diretor de Tecnologia e Inovação da Bosch Brasil, Marcelo Silvestrin. “O 5G vai trazer oportunidades. A gente vai ser protagonista desde que a gente aprenda a utilizar o ecossistema de maneira diferente. Vamos ter que trabalhar de maneira a cooperar e em parcerias, e não sozinhos”.
Segundo o diretor da Intelbras, Amilcar Scheffer, a empresa já começa a desenvolver novos produtos a partir dessa tecnologia. “O valor do 5G é um complemento indispensável à fibra ótica, para dar mais segurança de acesso, entre outras aplicações”.
O vice-presidente de vendas da Nokia na América Latina, Marcelo Entreconti, apresentou o case da mina BHP, no Chile. “Um dos casos mais significativos é o dos carros autônomos utilizados na mina. São carros que operam com redes privativas 5G com baixa latência. São 50 carros conectados, com uma eficiência de 75/h/ano e economia de 50 milhões de euros/ano, em uma só mina”.