O desenvolvimento e a automação ocuparão algumas funções que hoje pertencem aos seres humanos, mas isso não significa, necessariamente, desemprego. A tecnologia, que traz inovações e novas ferramentas todos os dias, está mudando o mercado e as empresas e novas vagas surgirão. O importante é qualificar trabalhadores. É o que Eduardo Rezende, analista de Produtividade e Inovação da ABDI, afirmou em um painel no Centro Universitário de Brasília (UniCeub) na manhã desta segunda-feira (28/9).
De acordo com Eduardo, diante de um mercado de trabalho dinâmico, que tem cada vez mais o componente tecnológico e soluções digitais, é preciso fazer análise dos dados públicos disponíveis de forma conjunta para se ter uma ideia precisa do cenário.
“Para isso, a ABDI está trabalhando em uma ferramenta que utiliza big data, análise de dados, analytics e metodologias ágeis para analisar a dinâmica do mercado de trabalho”, explicou. A ideia é auxiliar tanto os jovens na decisão sobre a carreira quanto gestores e formuladores de políticas publicas na tomada de decisões.
O especialista analisou ainda o cenário de retomada da economia pós- pandemia. “Hoje o consumidor é altamente conectado, independente e opera no comércio eletrônico. Não faz sentido ter regulamentos muito engessados. A competitividade do comércio internacional tem que levar em conta as inovações e soluções digitais. A pandemia trouxe inovações para todos os setores da economia e desburocratizou processos”, finalizou.
Além de Eduardo, a assessora de Comércio Exterior da empresa EasyShipping, Maiata Pereira, também participou do debate. Segundo a assessora, o comércio internacional conta com uma grande cadeia produtiva que envolve muitas pessoas. “A pandemia encurtou os caminhos e acelerou os contatos. A tecnologia aproximou as pessoas do mundo todo. As ferramentas tecnológicas desenvolvidas foram e são cruciais para a parte de negociações internacionais”, avaliou Maiata.