A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, recebeu nesta quarta-feira, 26, a fundadora da startup Noar Brasil, Cláudia Galvão, na sede da Agência, em Brasília.
A CEO da empresa é a desenvolvedora de uma tecnologia brasileira e pioneira no mundo, a tecnologia do cheiro digital. A tecnologia pode ser aplicada nas indústrias de cosméticos, experiências sensoriais e área médica.
A startup também criou o tablet MultiScent-20, capaz de liberar cheiros de um jato seco. Esse equipamento pode ajudar a identificar doenças como Alzheimer e Parkinson, já que a perda de olfato pode ser uma indicação precoce de doenças neurodegenerativas.
“O governo do Japão aprovou a nossa tecnologia para os hospitais japoneses. Lá é cultural o teste do olfato, porque significa longevidade. Por exemplo, se você tiver perda do olfato no Parkinson, isso acontece cinco anos antes. Então, se você descobrir que tem a doença cinco anos antes dos tremores, você ganha mais sete anos de atraso do avanço da doença. E isso é um impacto muito grande na economia do governo”, explicou Galvão.
Hoje, o dispositivo é oferecido somente para os médicos, mas a startup pretende tornar a tecnologia acessível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além de apresentar a inovação pioneira, Galvão pediu apoio da Agência para escalar a produção da startup e conectar a empresa a outras entidades do Governo Federal.
A diretora confirmou que irá visitar a fábrica da startup e conhecer de perto todo o processo de produção da Noar, em São Paulo.