‘Tecnologias da transição energética impactam nos empregos dos técnicos industriais’, diz diretora

‘Tecnologias da transição energética impactam nos empregos dos técnicos industriais’, diz diretora

A frente da diretoria de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida defende desenvolvimento da educação profissional e tecnológica voltada para a economia circular

A diretora da Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, foi uma das palestrantes do 1º Seminário de Fiscalização do Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado do Rio de Janeiro, que ocorre nesta quarta e quinta-feira, 23 e 24, no Centro do Rio de Janeiro.

Com o tema ‘Emergências climáticas: meio ambiente em foco’, o evento reuniu equipes de fiscalização de outros dez Conselhos Regionais dos Técnicos Industriais. Durante dois dias, foram realizadas palestras com especialistas de diversos setores ligados a questão ambiental.

Em sua palestra, a diretora falou sobre transição energética com foco no cenário técnico industrial. “Entre as principais barreiras para o sucesso da transição energética, estão alguns fatores relacionados com competências profissionais e capacidades institucionais”, disse.

Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), dos 145 mil empregos gerados no setor de eficiência energética no Brasil, em 2016, a maior parte (58%) possuía formação de nível médio e apenas 18% tinham formação superior completa.

Nesse contexto, Perpétua falou sobre o mercado de trabalho em setores ligados a transição energética como, por exemplo, energia fotovoltaica, minerais críticos, biocombustíveis líquidos, baterias e carros elétricos, e ressaltou a importância do desenvolvimento de educação profissional na área de economia circular.

“Ao lado de mais investimento em geração de energia renovável e descentralizada e mudança nos padrões de consumo, a economia circular é um dos pilares da transição energética”, enfatizou.

E acrescentou: “o desenvolvimento da educação profissional e tecnológica para a economia circular é hoje um dos principais pontos da agenda climática em todo o mundo, e também no Brasil”.

Por fim, a diretora defendeu que “as tecnologias da transição energética terão um grande impacto na geração e manutenção de empregos dos técnicos industriais no futuro”.