Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo, é o primeiro município na região Sudeste do país a receber projeto de cidades inteligentes implementado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com a prefeitura e com o Parque Tecnológico São José dos Campos. 

O projeto, lançado nesta segunda-feira (dia 20/12), na sede da prefeitura, garantiu a instalação de 30 luminárias inteligentes com câmeras para monitoramento e wi-fi gratuito, na rua Gerônimo Caetano Garcia, uma área comercial com cerca de 145 lojas, localizada na Praça Juvenal Hartmann. Além da avenida de comércio, a área monitorada engloba um calçadão e a estação de metrô. Foram investidos R$ 1,5 milhão na instalação das tecnologias. 

“Esse é um investimento em um programa social que utiliza a tecnologia como meio e não um fim. Abrange 3 áreas importantes: segurança pública, maior conectividade e política pública”, disse o presidente da ABDI, Igor Calvet, durante o evento. Segundo ele, mais de 140 comerciantes poderão se beneficiar de maior segurança. “Uma cidade que se preocupa com segurança pública está fazendo programa social”, afirmou, ressaltando ainda que a maior conectividade confere maior dignidade às pessoas. “É a ABDI sendo um instrumento de transformação social por meio da tecnologia”, disse.

“Esse é um programa social que protege as pessoas, que dá vazão ao comércio, para que ele cresça, e abre espaço para novas empresas se estabelecerem na cidade. A tecnologia veio para nos ajudar”, afirmou Renata Sene, prefeita de Francisco Morato. Ela destacou a importância das parcerias do projeto. “A força de trabalho de Francisco Morato possibilitou esse projeto. As parcerias público-privadas foram essenciais para que o programa chegasse na ponta. O programa vai trazer indicadores da nossa comunidade e contribuir para inserir Francisco Morato na Agenda 2030, que permite uma conexão de parcerias, proteção e prosperidade para a nossa comunidade”, concluiu.

Segundo o presidente nacional do Republicanos e deputado federal, Marcos Pereira, o que está sendo feito em Francisco Morato é apenas o início de muitas outras iniciativas em cidades inteligentes. “Estamos muito otimistas com o que pode vir a acontecer com o uso das tecnologias”, disse.

O projeto vai transformar a região em um sandbox – um ambiente delimitado por lei municipal para servir de local de experimentação e validação de tecnologias de cidades inteligentes. O sandbox é uma área sobre a qual a regulamentação é mínima, o que contribui para a atração de empresas de base tecnológica interessadas em um ambiente onde possam testar suas tecnologias. 

O gerente da Unidade de Novos Negócios da ABDI, Tiago Faierstein, afirmou que o projeto inaugurado é o pontapé inicial de testes de tecnologias. “Novas empresas devem procurar a prefeitura para testar tecnologias. Isso é crescimento tecnológico sustentável”, disse.

Cidades inteligentes

Na área de cidades inteligentes, a ABDI executa projetos que preveem testes e validação de tecnologias avançadas em parceria com prefeituras de todo o país, institutos de pesquisa e inovação, academia e setor privado. 

As iniciativas da ABDI envolvem soluções tecnológicas para questões como mobilidade urbana, segurança pública, conectividade e controle do tráfego urbano. A Agência tem projetos de cidades inteligentes em capitais como Salvador (BA), Macapá (AP), Brasília (DF) e Curitiba (PR), e também em municípios como Pacaraima (RR), Petrolina (PE), Foz do Iguaçu (PR), Londrina (PR) e Campina Grande(PB). 

Sobre a ABDI

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) trabalha para que o setor produtivo nacional aumente sua produtividade, competitividade e lucratividade. A partir da formulação de programas e serviços, a ABDI contribui de forma efetiva para o desenvolvimento econômico. A atuação tem, mais recentemente, se concentrado no incentivo à transformação digital, novos modelos de negócios e uso de tecnologias em cidades inteligentes. A ABDI é indutora da cultura de digitalização na economia nacional, gera inteligência competitiva e é responsável pela articulação entre agentes públicos e privados, sempre com o foco no desenvolvimento do setor produtivo brasileiro.

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