A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a MWM discutiram, nesta terça-feira (12), em seminário, a “Aplicação da Inteligência Artificial na Indústria de Autopeças”, com a apresentação de resultados de solução criada a partir de edital de incentivo realizado pela Agência. O projeto aplicou inteligência artificial e machine learning em máquinas de usinagem CNC (Comando Numérico Computadorizado) para gestão de manutenção preventiva.
De acordo com Michael Ketterer, diretor de operações & qualidade da MWM (uma empresa que integra o grupo Tupy), os resultados obtidos com o uso da inteligência artificial foram imediatos em “tempo de reparo, manutenção corretiva e o aumento de tempo entre um reparo e outro.” A MWM foi contemplada em dois editais da ABDI: Edital de Autopeças e Edital de Inteligência Artificial.
Edital Público
Por meio de edital público, aberto em setembro de 2021, a ABDI selecionou e premiou quatro propostas de implementação de soluções em IA no país – a MWM foi uma das selecionadas. Cada empresa recebeu uma premiação de R$ 375 mil a serem investidos na execução do projeto-piloto em todas as suas fases. “Mais que potencial, a inteligência artificial faz parte da realidade do avanço da tecnologia atual”, explica Isabela Gaya, analista de Produtividade e Inovação da ABDI. “A agência fomenta a adoção das tecnologias e compartilha as experiências na prática. Precisamos sempre estarmos atentos a novas iniciativas e tecnologias, a oportunidades de capacitação e mentoria, e em oferecer a ecossistemas como esse.”
Também participaram do evento as parceiras mais próximas da MWM na realização do projeto: Siemens, Arkmeds, Technium e DataRain. Cada uma contribuiu na empreitada, que envolveu Inteligência Artificial, Internet das Coisas Industrial e Realidade Aumentada. Um ponto pacífico entre todos os participantes é a natureza colaborativa de iniciativas como essa. “Além de ter que aprender sobre coleta de dados e o processo de refino das nossas provas de conceito, nunca teríamos feito nada disso sozinhos”, diz Ketterer. “Desde o financiamento crucial da ABDI, passando pelas startups e chegando na Siemens, nada disso teria sido possível.”