Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron, anunciaram nesta terça-feira, 26, um programa de investimentos de 1 bilhão de euros (cerca de R$ 5,4 bilhões) na bioeconomia da Amazônia brasileira e da Guiana Francesa. Previsto no “Plano de ação sobre a bioeconomia e a proteção das florestas tropicais”, assinado pelos presidentes, o programa de investimentos tem objetivo de arrecadar recursos públicos e privados para a bioeconomia da região nos próximos quatro anos.
A iniciativa incluirá parceria técnica e financeira entre bancos públicos brasileiros, como BNDES e o Banco de Desenvolvimento da Amazônia, e a Agência Francesa de Desenvolvimento.
Na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), um projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) para o mapeamento e diagnóstico da bioindústria nos biomas brasileiros, começando pela Amazônia Legal. Para a gerente de Cooperação e Inteligência Competitiva e responsável pelo projeto, Cynthia Mattos, o anúncio de investimentos pelos governos do Brasil e da França foi um bom indicativo.
“Teremos um levantamento robusto de informações bem qualificadas que irão apontar na direção de projetos da bioindústria, e que poderão vir a ser financiados por esses investimentos. É uma sinalização de bons projetos que podem ser escaláveis com incentivo dessas novas fontes de financiamento”, disse.
O estudo vai identificar oportunidades e competências, além de estruturar novos modelos de negócios para a bioindústria do bioma. O projeto está em andamento e deve ser lançado em breve. De acordo com a diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, a iniciativa está alinhada ao programa de investimentos na bioeconomia da Amazônia.
“O Brasil, com a maior biodiversidade do planeta, tem potencial para ser o grande líder do desenvolvimento sustentável”, comentou. “Identificar os ativos, potencial e gargalos de nossa bioindústria é ponto primordial para promover a bioeconomia brasileira e torná-la referência mundial. É isso que a ABDI se propõe a fazer com seu programa de mapeamento da bioindústria nos biomas brasileiros”, completou.
Foto: Ricardo Stuckert / PR