O mundo do trabalho passa por uma profunda transformação em função da dinâmica da economia global. Pensando nisso, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério da Educação (MEC) formalizaram uma parceria para favorecer a formulação de políticas públicas e a criação de programas e projetos voltados para a qualificação profissional de jovens e adultos brasileiros.
A intenção é atender necessidades do mercado trabalho e demandas da economia digital. O Acordo de Cooperação Técnica foi assinado nesta quinta-feira (3/12) pelo presidente da ABDI, Igor Calvet, e pelo secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Wandemberg Venceslau. O documento prevê as seguintes entregas:
– Mobilização e diálogo com o setor produtivo para alinhamento sobre cursos ofertados e as necessidades do mercado de trabalho;
-Fornecimento de informações técnicas e estudos relativos às novas tendências e demandas do mercado de trabalho como subsídios para a elaboração e atualização do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT), Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CNCST) e guia de cursos de qualificação profissional;
-Levantamento de informações junto ao setor produtivo sobre demandas profissionais atuais e futuras;
-Realização de estudo com informações do sistema de formação educacional e do mercado de trabalho, construído a partir de diversas bases de dados, sobre a demanda profissional atual, projeções e competências emergentes.
Para o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Wandemberg Venceslau, a integração entre a educação profissional e tecnológica e o setor produtivo é essencial para assegurar que a formação dos estudantes seja compatível com as dinâmicas de transformação que ocorrem na economia. “Por isso, a parceria com a ABDI vai contribuir muito para suprir demandas por informações e indicadores relevantes na formulação de políticas educacionais que resultem em profissionais preparados para o futuro”, completou.
Igor Calvet, presidente da ABDI, explica que é fundamental entender a demanda do setor produtivo para a formulação de políticas públicas para a qualificação profissional de jovens e adultos. “A nossa intenção é contribuir de forma efetiva para a formação qualificada de profissionais, que estejam aptos a ser absorvidos pelo mercado de trabalho”, reforça. Calvet espera ainda que a retomada da economia deva gerar novos postos de trabalho, que exigirão habilidades específicas e, por isso, os trabalhadores precisam ser qualificados desde já.
ABDI e o Futuro do Trabalho
A ABDI tem participado ativamente de discussões sobre o futuro do trabalho. Além disso, em parceria com governo federal e diversos atores do setor produtivo, a Agência tem realizado um conjunto de ações que visam contribuir com a sistematização de informações e o mapeamento da oferta e da demanda de profissionais qualificados, bem como com a atualização da oferta de capacitação e desenvolvimento de competências de estudantes, trabalhadores e empreendedores, em alinhamento com as necessidades do mercado de trabalho e com as transformações relacionadas à economia digital.
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