A exposição agropecuária de Londrina (PR) se tornou um grande laboratório de inovação no campo. Desde 2016, o local passou a ter iniciativas para incentivar o empreendedorismo e as soluções tecnológicas para o meio rural. Além de hackathons, espaço de coworking, startups incubadas e aceleradas, há uma “smart farm” para demonstração das novidades. As entidades responsáveis pelas ações tiveram um encontro com o secretário de Inovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fernando Camargo, em Brasília, que contou com a participação do presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Guto Ferreira destacou os projetos da Agência relacionados à agropecuária, como o trabalho desenvolvido em Cacoal (RO) que busca a indicação geográfica do café Robusta da Amazônia. O presidente da ABDI esteve em Londrina na segunda-feira (09) e elogiou o ambiente de inovação da cidade. “Saí de lá com uma excelente impressão ao ver um ecossistema tão bem estruturado”.
Os representantes da Sociedade Rural do Paraná, Embrapa, Sebrae, dentre outras entidades apresentaram ao secretário do Mapa um projeto para instalar e expandir para o país Polos Tecnológicos de Inovação Agropecuária, o primeiro, previsto para ser construído no parque de exposições de Londrina.
“Projetos de inovação no campo são fundamentais para o nosso país. Até 2050, temos que alimentar nove bilhões de pessoas pelo mundo e atingir a metas da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Só iremos conseguir se a produtividade aumentar e isso se dá com tecnologia”, ressaltou Fernando Camargo.
As iniciativas tecnológicas no parque de exposições de Londrina ficam concentradas no evento Agrobit, que chegará à sua segunda edição em novembro deste ano. Após o encontro no Ministério, parte da comitiva conheceu a sede da ABDI.